quinta-feira, 28 de setembro de 2023

01 A 07.10.2023 - UM DEUS EXIGENTE? (PARTE 1)

É necessário que estejamos dispostos a pagar qualquer preço; não importa quanto custa; qualquer preço vale seu sorriso e sua presença.” – Smith Wigglesworth

 

INTRODUÇÃO: Por que Deus estaria tão interessado em que nós o coloquemos em primeiro lugar? Por que Ele tem que ser o mais importante, a ponto de todas as outras coisas perderem a importância? Jesus classificou como o maior mandamento o que está descrito em Mc 12:30. Não se trata apenas de amá-lo, como já vimos, trata-se de amá-lo com amor total. Parece ser uma exigência e tanto, não é mesmo? Vemos também em Mt 6:31-33 outra ordem de Jesus sobre dar prioridade ao reino de Deus. Essa idéia do lugar de importância acerca de Deus e do seu reino, pode ser assustadora se não tivermos o entendimento correto.

 

DESENVOLVIMENTO:

1.       DEUS NÃO PRECISA DISSO: Precisamos entender que esse lugar que o Pai celeste quer ocupar em nossa vida não é uma necessidade dEle. É algo que nós é que temos a necessidade. É para o nosso próprio bem! Luciano Subirá relatou: Criei dos filhos que atravessaram a fase da adolescência sem grandes dificuldades. Mas eu sabia, os desafios e contrariedades à fé e aos valores bíblicos que eles enfrentariam, especialmente na escola. Sempre tentei levá-los a confiar em mim e na minha esposa e mãe deles. Tentei mostrar-lhes, desde bem cedo, que os pais “sempre” tem razão. Por quê? Certamente não era pelo fato de nós, os pais, termos algum problema de autoimagem. Mas queríamos isso para o bem deles mesmos, para que as outras vozes e conselhos (dos amigos e dos não tão amigos), não concorressem com aquela voz de instrução paternal que os guardaria e protegeria.” Se isso vale para nós, os pais terrenos, que Jesus classificou como maus (Mt 7:11), o que dizer do Pai celeste, que é perfeito (Mt 5:48)?

 

É necessário entender que Deus não é carente, não tem problemas de autoestima, não sofre de um ego inchado ou cheio de necessidades. Ele é completo e absoluto em si mesmo!

Um dos nomes com os quais Ele se revela nas Escrituras é El-Shaddai.

Estudiosos acreditam que esse nome remete não só ao significado de “Todo-Poderoso”, mas que também engloba a idéia de o “Deus que é mais do que suficiente”.

O Senhor não necessita do nosso amor e atenção, não necessita que o coloquemos em primeiro lugar em nossa vida, tampouco precisa da nossa adoração ou obediência.

Quem precisa dEle nesse lugar de distinção somos nós.

 

Jesus nos advertiu de que poderia haver outros senhores disputando o senhorio divino em nosso coração (Mt 6:24).

O que acontece com Deus se Ele deixar de ser nosso Senhor e as riquezas dominarem nosso coração? Nada de mais!

Certamente Ele sentirá nossa falta, mas nossa escolha equivocada não muda a sua grandeza.

E o que nós perdemos se Ele deixar de ser nosso Senhor e as riquezas se assenhorarem de nós? Tudo! Porque não haverá glória ou futuro algum em Deus!

Vejamos o que as Escrituras revelam em 1 Tm 6:9-10; Mc 4:7, 14, 18-19 e Cl 3:5.

Os versículos citados nos mostram o porquê da incompatibilidade entre dois senhores. Se o dinheiro dominar nosso coração a Palavra será sufocada.

 

2.       UM DEUS ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA: O Deus perfeito e incorruptível, que não tem necessidade de coisa alguma, só tem um motivo para desejar esse lugar: Guardar o nosso coração de outros senhores que destruirão nossa vida! Portanto, não estamos falando de controle, e sim de proteção. A fé se apoia no caráter de Deus. Paulo declarou: “porque eu sei EM QUEM tenho crido” (2 Tm 1:12). Observe que o apóstolo não disse EM QUE tenho crido, e sim EM QUEM. A fé entende que Deus é alguém digno de confiança.

 

Um pequeno vislumbre do que esperar de alguém com motivações perfeitas pode ser visto numa declaração de Jesus. O evangelho de Marcos nos relata que Tiago e João queriam que, depois que Cristo se assentasse no trono da sua glória, eles tivessem o privilégio de se sentarem um à sua direita e outro à sua esquerda. Era mais ou menos como um pedido para serem “Ministro da Fazenda” e “Ministro do Planejamento”, ou algo do gênero. Qual a reação que isso gerou? A Bíblia diz: “Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João” (Mc 10:41). E por que se indignaram? Obviamente porque cada um deles também queria o mesmo lugar! Isso revela o tipo de motivações que temos. Mas o que dizer das do Senhor Jesus? Observe a declaração dele e conclua você mesmo: Marcos 10:42-45.

 

CONCLUSÃO: Não podemos olhar para Deus com o filtro de nossas limitações e motivações erradas. Ele é perfeito (Mt 5:48). Ele nunca falha. Ele nunca erra. Ele é o Deus que não pode mentir (Tt 1:2). Ele é fiel (2 Ts 3:3).

Como disse Paulo: Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! (Rm 9:14).

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