terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A MUDANÇA DE PAPA E OS EVANGÉLICOS: POR QUE ACOMPANHAR ESTE PROCESSO?QUAIS SÃO AS IMPLICAÇÕES PARA OS EVANGÉLICOS?

O Papa Bento XVI renunciou!
O mundo todo, especialmente o povo Católico, está surpreso com uma atitude incomum de um Papa, que é a Renúncia.
Apesar de não ser o primeiro papa que renuncia na história da Igreja Católica, já que o último foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).
Quanto as causas da renúncia, só o tempo ou a eternidade revelará os verdadeiros motivos.
Em comunicado, Bento XVI, que tem 85 anos, afirmou que vai deixar a liderança da Igreja Católica Apostólica Romana devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer as obrigações do cargo.
Para Mário Sérgio Cortella, professor de história da religião da PUC-SP, a renúncia de Bento XVI foi sábia. “Um ato de sanidade antes que as circunstâncias da insanidade possam chegar até ele, um homem já idoso”, falou o professor à rádio CBN.
O professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Rafael Rodrigues da Silva afirmou que "nunca será possível" saber as reais motivações da renúncia de Joseph Ratzinger ao cargo, mas, seja por pressões internas ou por problemas de saúde, a decisão não foi tomada do "dia para noite".
Uma coisa é certa: Esta sucessão, quer queiramos ou não, vai afetar a vida de todas as pessoas do mundo, independente da sua religião.
Quanto aos evangélicos, não são poucos os que, por ingenuidade, ou ignorância, dizem: O que temos com isso?
Eu respondo: Tudo! Esta escolha pode, sim, afetar os Evangélicos. Pois, há muito tempo o Vaticano tem se preocupado com o crescimento dos evangélicos na América Latina e na África, como é explicitado pelo próprio Bento XVI em entrevista à Revista Época em 2011:

Papa Bento XVI se diz preocupado com avanço de igrejas evangélicas

O papa Bento XVI expressou nesta sexta-feira (18), sua preocupação pelo avanço das igrejas evangélicas na América Latina e África. Em conversa com jornalistas a bordo do avião que o leva a Cotonou, capital do Benin, o papa afirmou que frente ao desafio dos evangélicos a Igreja Católica tem que oferecer uma mensagem simples, profunda e compreensível.

O papa afirmou que as igrejas evangélicas estão crescendo porque expõem uma mensagem aparentemente compreensiva e uma liturgia participativa que, na realidade, consiste no "sincretismo de religiões". "Isso garante um êxito, mas também resulta em pouca estabilidade", afirmou. Bento XVI disse que é muito importante que o cristianismo não se conceba como um sistema difícil, e tenha uma mensagem universal.

Bento XVI disse que muitas vezes os fiéis que migram para igrejas evangélicas voltam à Igreja Católica ou adotam outras igrejas pentecostais. Por isso, o papa defende uma mensagem "simples, profunda e compreensível" para que não aconteça uma fuga de cristãos para estas igrejas.
FONTE: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/11/papa-se-diz-preocupado-com-auge-de-igrejas-evangelicas.html

No burburinho e especulações quanto ao nome do novo Papa e os desafios que o aguarda, o Arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes foi muito enfático: "O diálogo com a cultura pós-moderna e com as demais religiões da Ásia e da África, uma igreja mais missionária e o avanço das igrejas evangélicas são alguns dos grandes temas que serão debatidos pelo próximo papa".
FONTE: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/02/12/renuncia-de-bento-16-pode-levar-igreja-catolica-a-repensar-seu-papel-na-sociedade-dizem-especialistas.htm

O que esperar do novo Papa?
O que esperar do Vaticano, com todo seu poder sobre a política e finanças dos governos mundiais, ainda que ignorado por muitos, para conter o crescimento dos Evangélicos?

Quem está acompanhando as entrevista de teólogos e autoridades católicas, neste momento, vão verificar que o novo Papa já virá sob a pressão de combater o crescimento dos evangélicos.

A postura a ser adotada pode ser um realinhamento de conduta, de forma a tornar a celebração cúltica da Igreja Católica bem parecida com a evangélica, como Bento XVI deixou transparecer, no que defendeu como a necessidade de a Igreja Católica passar a pregar uma mensagem "simples, profunda e compreensível" para que não aconteça uma fuga de cristãos para as igrejas evangélicas, no entanto, não será nenhuma surpresa se a postura adotada não for "tão amistosa".

Isto significa que os evangélicos devem orar, acompanhar com atenção e reflexão nos desdobramentos e na postura que o novo Papa e o Vaticano adotará frente ao povo evangélico para que, pelo pecado da ingenuidade, não sejamos pegos de surpresa.

O nosso desejo sincero é que Deus oriente e abençoe todos os Cardeais na escolha do novo Papa para que este seja um instrumento nas mãos de Deus para colocar a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) nos caminhos que Ele mesmo (Deus), estabeleceu para Ela.

O que nos trás paz como "cristãos" é a certeza de que, seja como for, Deus está e estará conosco!

Rev. Ednaldo Breves - Pastor da Igreja Metodista, Formação em Capelania Hospitalar, Bacharel em Teologia, Pós-Graduaçäo em Teologia

4 comentários:

Jania Marta disse...

A Igreja de Roma nunca irá mudar.

PASTOR EDNALDO BREVES disse...

Sei que humanamente é "quase" impossível, mas, quando leio na Biblia o que Deus fez e faz quando encontra um coração disposto a abedecê-Lo, um vislumbre de esperança surge bem lá no fundo da minha alma!

Jania Marta disse...

Amém!

Anônimo disse...

Olá Rev. Ednaldo!

Interessante sua reflexão. Também concordo que, como cristãos evangélicos, não podemos ser ingênuos, pois, pelo que se vê e se ouve, no que se espera do novo Papa, o crescimento dos evangélicos tem sido uma pedra no sapato da Igreja Católica. Devemos ficar atentos!