domingo, 13 de maio de 2018

O 13 QUE A HISTÓRIA NÃO CONTOU

Autor: Professor Acúrsio Esteves 

Assim a escola me ensinou, assim eu aprendi e assim acreditei durante longos anos da minha vida. É certo que nunca entendi bem porque a Princesa Isabel, “A Redentora”, decidira tomar tal atitude contrariando os interesses dos que detinham o poder e entrando em sintonia com os anseios da subjugada população negra, de alguns poetas, intelectuais e políticos sonhadores que se diziam abolicionistas. Pensava: foi uma verdadeira revolução sem sangue feita por uma mulher de coragem.

O que a escola nunca me ensinou foi que à época, os negócios do açúcar brasileiro, que era a principal fonte de riqueza nacional e onde estava alocada aproximadamente 90% da mão-de-obra escrava, iam de mal a pior. O açúcar da América Central era mais barato, mais próximo dos grandes mercados e de melhor qualidade que o nosso. Não dava para competir. Infelizmente só aprendi a “História da Conveniência”, e Geografia Física onde os aspectos políticos e econômicos “não eram” de nosso interesse.

O imenso contingente de escravos tornara-se então um fardo para os senhores de engenho. Como sustentar esta ”horda” de homens, mulheres e crianças, mesmo sob miseráveis condições, diante de tal crise econômica? Era a pergunta que não se calava e que teve apenas uma resposta: Demissão em massa. Sim amigos e amigas, a demissão em massa foi a solução encontrada para os trabalhadores e trabalhadoras forçados que edificaram e sustentavam a economia nacional. E foi a maior, mais cruel de todos os tempos e quiçá de todas as partes do mundo.

Foi uma demissão sem direitos trabalhistas, quando milhões de trabalhadores saíram do único abrigo que conheceram por toda a vida apenas com seus míseros pertences e a roupa do corpo. E não tinham direito a ficar se quisessem. Só os mais aptos ao trabalho ou os que possuíssem alguma especialização foram mantidos como empregados, apenas pelo interesse do seu senhorio capitalista. Esta demissão teve um nome bonito: Lei Áurea.

Antes dela, porém, vieram outras da mesma forma convenientes aos interesses da classe dominante. Vejamos: A primeira foi a Lei Eusébio de Queirós, em 1850, que proibia o tráfico. Como a Inglaterra na prática já havia decidido interceptar e apreender os navios negreiros, libertando os escravizados, então, foi uma lei inócua. 

A segunda, a Lei do Ventre Livre, 1871, serviu apenas para diminuir a pressão social dos abolicionistas. Ela não tinha aplicação prática, pois, como a criança pode ser livre com pais escravos? Será que ela, a criança, teria escola, moradia digna e cidadania enquanto seus pais estavam nas senzalas? Ela, que ainda seria tutelada até a idade de 21 anos pelos senhores de seus pais, teria vida de cidadã ou de escrava? 

A terceira, a Lei dos Sexagenários, 1885, foi a mais perversa de todas, pois a expectativa de vida do cidadão livre à época era de 60/ 65 anos e a do escravo 32/40 anos. Eram raros os que chegavam à idade contemplada pela lei. Era muito difícil ter o controle da idade exata do escravo. Ainda hoje não são poucas as pessoas que não possuem registro de nascimento. Então, se o negro estivesse apto ao trabalho, forte, com boa saúde, era fácil dizer que ele ainda não tivesse alcançado a idade prevista pela lei. Porém se ele estivesse doente ou imprestável para o trabalho, nada mais cômodo que conferir-lhe os 60 anos e mandá-lo embora.

Após a “libertação”, o imenso contingente “livre”, dentre os quais estavam os fracos, doentes, velhos, crianças e outros “excedentes”, foi enxotado de uma hora para outra para o olho da rua. Não havia uma política agrária nem instrução pública e gratuita para os libertos, como defendia Joaquim Nabuco. Você já parou para refletir sobre as futuras condições de vida dos(as) que foram “libertados”? 

Onde iriam morar?
Como iriam sobreviver?
Iriam ser respeitados de uma hora para outra como cidadãos e cidadãs?
Que tipo de oportunidades a “sociedade” que eles construíram ofereceria para que esta gente construísse sua vida?

Não é preciso ser especialista em sociologia para responder a estas indagações. Mas onde foi parar esta gente escorraçada das ruas das cidades por “vadiagem”? Que não tinha trabalho para sustentar a si nem a sua eventual família, nem moradia digna? Foi parar na periferia das cidades, morando em casas(?) miseráveis, sem esgoto, luz, água tratada, lazer, trabalho, educação, saúde, dignidade... Onde permanece, em sua grande maioria, até os dias atuais. Alguma semelhança com a Rocinha, Alagados, Pela Porco, Buraco Quente, Vigário Geral, Jardim Felicidade, Vila Zumbi, não é mera coincidência.

Morros, favelas, invasões, palafitas; ícones da desigualdade social convivendo lado a lado com o progresso, o conforto, a saúde, o lazer, a educação, o trabalho, a vida digna. Morros, favelas, invasões, palafitas; locus do subemprego, da miséria, da violência, da informalidade, da contravenção, da exclusão, da fome, da morte em vida, da vida que finda a mingua, da injustiça social... Vergonha nacional. Nova versão do antigo jugo escravocrata, quilombos urbanos do século XXI.

* Acúrsio Esteves é professor da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Faculdades Jorge Amado e FACDELTA, em Salvador, Bahia. 

Treze de maio de 1888 passou para a história do Brasil como o dia em que teria se acabado a escravidão em terras tupiniquins. Depois que a pena da princesa anunciou por decreto que não mais haveria jugo, a população negra a partir de então seria livre, não teria mais senhorio e poderia viver com dignidade e igualdade.

segunda-feira, 7 de maio de 2018

COMO LIDAR COM A INFIDELIDADE CONJUGAL - MULHER


INTRODUÇÃO: Lidar com a traição de um cônjuge é uma das coisas mais difíceis de lidar. Não há uma resposta certa quando se trata de decidir dar a outra pessoa uma nova chance. Tudo que você pode fazer é conversar com seu cônjuge, ouvir a si mesmo, e decidir se o relacionamento vale a pena ou não ser salvo. Se decidir que quer fazer as coisas funcionarem, então precisará levar as coisas um dia de cada vez, sem esquecer de cuidar de si mesmo.

O QUE NÃO FAZER:

1.      Não se culpe. As razões da traição podem não ser sempre óbvias, e você pode sentir que a coisa mais normal a fazer é se culpar. Talvez você pense que vocês se distanciaram, ou que você não o satifaz no quarto. Talvez você tenha deixado o trabalho falar mais alto e não tem tempo suficiente para o relacionamento. No entanto, você precisa saber que nada que tenha feito pode fazer com que o seu cônjuge lhe engane, e você nunca deve se culpar pelos erros da outra pessoa.
a.      Claro, você pode ser a culpa por um determinado problema no relacionamento, e é importante reconhecer isso. No entanto, você nunca deve pensar que seu erro torna a atraição aceitável.
b.      Se você se concentrar demais em culpar-se, então, que estará deixando seu parceiro sair impune. Também é importante se concentrar no comportamento do seu parceiro.

2.      Não fique obcecado com a terceira pessoa. Se quiser ficar louca o mais rápido possível, então faça um milhão de perguntas sobre a outra mulher, passe horas perseguindo o perfil da pessoa no Facebook, ou tente vê-la pessoalmente. Você pode pensar que saber tudo sobre esta pessoa pode ajudá-la a descobrir o que estava errado com seu relacionamento, mas, na realidade, isso não vai lhe dar respostas, só irá lhe causar muita dor.
a.      Quando um cônjuge está tendo um caso, raramente isso tem haver com a amante. A menos que o cônjuge ache que ele está começando um relacionamento significativo com a terceira, na maioria das vezes, isso é apenas uma expressão de insatisfação com ele próprio ou o casamento. Se você se concentrar demais na outra mulher, então você não irá analisar as atitudes de seu cônjuge ou relacionamento.
b.      Embora saber algumas coisas sobre o assunto possa lhe trazer conforto, você não deve querer saber muito sobre a aparência da outra pessoa, o que ela faz para ganhar a vida, ou quaisquer outros detalhes que possam distraí-la ou para fazer com que se sinta mal sobre si mesma. Não vale a pena.

3.      Não tente racionalizar a respeito disso. Embora você possa pensar que será capaz de seguir em frente se encontrar uma explicação lógica para o porquê da traição, como o fato de que seu marido está se sentindo impotente desde que perdeu o emprego, ou que a outra deu em cima dele e ele não pode resistir, não ajuda em nada tentar fazer sentido sobre uma coisa sem sentido. Aceite que está ferida e que precisa encontrar uma maneira de seguir em frente, mas não pense que inventar desculpas para seu cônjuge não é o caminho certo.
a.      O que passou pela mente do cônjuge quando ele decidiu trair pode desafiar a lógica. Não gaste muito tempo tentando chegar a uma razão perfeita para por que isso aconteceu e tente seguir adiante.

4.      Não diga a todo o mundo. Você pode se sentir incrivelmente ferida e com raiva, e pode ter vontade de dizer a todos os membros de sua família, seus amigos mais próximos, ou até mesmo postar nas redes sociais sobre isso para conseguir expressar seus sentimentos. No entanto, se vocês se reconciliarem depois, você terá que lidar com as pessoas olhando para vocês e seu relacionamento de forma diferente para o resto de suas vidas. Em vez de dizer a todos, diga apenas às pessoas próximas que podem ajudá-la a tomar uma decisão.
a.      Depois de contar a todos sobre o que aconteceu, você pode sentir um alívio inicial, mas que pode ser seguido por um pouco de dor e arrependimento. Você pode perceber que não estava pronto para o conselho ou julgamento de todo mundo.
b.      Se você contar a seus amigos mais próximos sobre a infidelidade de seu parceiro, certifique-se de fazê-lo com cautela, caso não tenha certeza do que quer fazer a respeito. Se seus amigos acharem que você irá se divorciar, então eles irão dizer todas as coisas que sempre odiaram. Isso não irá fazer você se sentir melhor e pode causar um embaraçamento posteriormente, caso escolha permanecer no relacionamento.

5.      Não fique obcecada com o que seus amigos e familiares irão pensar. Além de não dizer a todos o que aconteceu, você não deve se preocupar com o que as pessoas vão pensar sobre o assunto. Apesar das pessoas próximas a você poderem lhe dar conselhos úteis, no final do dia, você precisa ver o que é melhor para você, sem se preocupar com que irão dizer caso decida se divorciar ou permanecer no casamento. Você não deve deixar o julgamento dos outros atrapalhar seu processo de tomada de decisão.
a.      Conversar com as pessoas próximas a você pode ajudá-la a ganhar força e uma nova perspectiva sobre essa situação. Mas no final, saiba que suas opiniões nunca poderão substituir a sua.

6.      Não tome decisões importantes antes de refletir. Embora você possa querer sair de casa ou expulsar seu cônjuge para fora de casa depois de descobrir sobre a traição, você precisa tirar um tempo para pensar sobre isso. Você deve passar algum tempo longe de seu cônjuge, mas evite dizer que quer um divórcio ou tomar quaisquer decisões drásticas imediatamente. Dê-se um tempo para refletir sobre o que aconteceu, o que é melhor para você e para seu relacionamento em vez de fazer algo que possa se arrepender mais tarde.
a.      Embora ficar um tempo longe possa ser uma coisa boa, você deve evitar dizer que quer um divórcio assim que descobrir a verdade; mesmo que isso seja o que seu instinto lhe esteja dizendo para fazer, espere até estar de cabeça fria antes de decidir isso de vez.

7.      Não castigue seu cônjuge. Embora possa perecer bom ser cruel com seu cônjuge, tirar as coisas que ele ama, ou até mesmo ter um caso também, este tipo de comportamento não lhe lavará a nada e não irá ajudá-la a levar o relacionamento adiante. Embora você possa estar ferida, fria com seu cônjuge, você não deve fazê-lo se sentir pior, ou ambos irão acabar se sentindo terrível.
a.      Punir o cônjuge só irá deixá-la mais amargurada e fará o relacionamento ficar pior ainda. Não há problema em ficar um tempo separados e ser mais fria e distante do que o normal, mas ser ativamente cruel não irá tornar nada melhor.

NORTEANDO OS PRIMEIROS PASSOS:

1.      Faça suas exigências. Você deve tirar um tempo para pensar sobre o que quer do seu cônjuge antes de iniciar uma conversa com ele. Não basta começar a falar sobre as traições, depois começar a chorar e acabar fazendo as pazes. Em vez disso, reserve algum tempo para formular um plano para que ele saiba o que você espera dele, caso ele queira que o relacionamento continue. Isso não deve parecer como um castigo, mas como um plano para seguirem adiante.
a.      Deixe seu parceiro saber o que precisa fazer para que você possa continuar o relacionamento. Isso pode incluir ir a um aconselhamento matrimonial juntos e, possivelmente, separados, tomar medidas concretas para redescobrir as coisas que vocês gostam de fazer juntos, reservando um tempo para conversarem todas as noites, ou dormindo em quartos separados até você se sentir confortável compartilhando mesma cama com ele de novo.
b.      Se estiver pensando em divórcio, você deve procurar um advogado o mais cedo possível. Quanto mais cedo você fizer isso, melhor será sua posição de barganha.

2.      Dê um tempo. Mesmo se você estiver pronta para perdoar seu cônjuge ou para que as coisas voltem ao normal, você deve saber que pode levar um longo tempo para recuperar a confiança e o sentimento de amor que costumava sentir por ele. Mesmo se estiver determinada a fazer o casamento funcionar, pode levar um longo tempo para que as coisas pareçam normais novamente, e para você sentir carinho pela outra pessoa. Isso é perfeitamente natural. Se você tentar apressar as coisas poderá ter problemas no meio do caminho.
a.      Você não será capaz de perdoar seu parceiro ou sentir que as coisas estão como antes da noite para o dia. Pode levar meses ou até mesmo anos para reconstruir essa confiança.
b.      Você terá que fazer isso devagar. Pode demorar muitos dias para você se sentir confortável para dormir na mesma cama que seu parceiro mais uma vez, sair para jantar com ele, ou gostar de fazer as coisas que gostavam de fazer juntos. Esteja preparada para isso.

3.      Coloque seus sentimentos para fora. Deixe seu cônjuge saber o que você está sentindo. Conte a ele sobre a raiva, a mágoa, a traição e a dor que ele a fez passar. Não guarde nada e aja como se não fosse nada demais; deixe-o ver sua dor e saber como está se sentindo. Se você não for honesta e aberta sobre o que você está sentindo, então vocês nunca serão capazes de seguirem juntos. Embora possa se sentir tímida ou com medo de revelar seus verdadeiros sentimentos, é importante fazer isso.
a.      Se estiver nervosa sobre enfrentar seu cônjuge ou dizer tudo o que quer dizer, você pode anotar todas as coisas que deseja compartilhar. Dessa forma, você não irá se exaltar e nem esquecer algo importante que queria dizer.
b.      Se se sentir muito emotiva para ter uma conversa sobre o que aconteceu, espere alguns dias ou o tempo suficiente para se sentir confortável para falar abertamente sobre isso. É claro que essa conversa nunca será completamente confortável, mas você pode tirar algum tempo para criar coragem. Dito isso, você não pode adiar essa conversa por muito tempo.

4.      Faça perguntas para as quais deseja respostas. Você deve querer alguma clareza sobre a traição de seu cônjuge. Se quiser descobrir quando tempo isso vem acontecendo, então você deve fazer perguntas sobre quantas vezes isso aconteceu, quando aconteceu, como tudo começou, ou até mesmo o que ele sente pela outra pessoa. No entanto, se você quer que haja uma chance dessa relação durar, então deve pensar duas vezes antes de perguntar sobre os detalhes que pode ser melhor não saber.
a.      Faça quaisquer perguntas que ache que irá ajudá-la a ter uma melhor noção de onde está o seu relacionamento. No entanto, tente evitar fazer perguntas apenas para satisfazer sua curiosidade; as respostas podem acabar lhe machucando muito.
5.      Faça um exame. Tão embaraçoso como possa parecer, assim que souber que seu esposo lhe traiu, você deve fazer um teste imediatamente. Você não sabe que doenças a outra tem, e se isso foi passado para você. Apesar de seu cônjuge querer argumentar que isso não é necessário, você precisa fazer para se certificar de que está segura.
a.      Passar por esse processo também irá ajudar seu cônjuge entender a gravidade de suas ações. Transar com outra pessoa ao mesmo tempo que transa com você o coloca em risco, e é importante ele reconhecer isso.

6.      Ouça seu cônjuge. Embora você esteja se sentindo magoada, sobrecarregada, irritada, e outras emoções que queira botar para fora, é importante também sentar e ouvir o que ele tem a dizer. Você pode sentir como se ouvi-lo seja a última coisa que deseja fazer, mas se quiser esclarecimentos e levar o relacionamento adiante, então você terá que ouvir o seu lado da história. Você pode aprender sobre novos sentimentos ou frustrações que não sabia que seu parceiro tinha.
a.      Não é justo pensar que ele não merece contar seu lado da história ou ter sentimentos. Embora você possa não se sentir pronto para enfrentar os sentimentos de seu cônjuge, tem que deixá-lo expressar-se, se quiser seguir em frente.

7.      Melhore sua comunicação todos os dias. Assim que você e seu cônjuge começaram a falar sobre a traição, vocês poderão trabalhar para melhorar sua linha de comunicação. Seja aberta e honesta para falar regularmente e para evitar ser passiva-agressiva, tanto quanto possível. Embora isso possa parecer impossível, depois do que ele fez, é importante se comunicar, se quiser que as coisas melhorem.
a.      Uma vez que estiver pronta para isso, marque um encontro todos os dias, empurrando todas as distrações de lado, e falando sobre como seu relacionamento está indo. Se você sentir que isso é desgastante e que traz velhos sentimentos, então vocês devem falar mais sobre o presente e o futuro do que sobre o passado.
b.      É importante que você e seu cônjuge perguntem um para o outro como estão se sentindo. Este é o momento de ser vigilante e se concentrar em seu relacionamento. Se vocês não tiverem uma comunicação forte, então será difícil seguir em frente.
c.       Trabalhe em expressar seus sentimentos com declarações com "eu", como a dizer: "Eu me sinto triste quando você não me cumprimenta depois de chegar em casa do trabalho", em vez de usar declarações com "você", tais como: "Você nunca me dá qualquer atenção depois que chega em casa do trabalho ", que saem mais como acusação.

8.      Decida se quer tentar consertar. É claro que, uma vez que começar a falar sobre a traição, você terá que tomar uma decisão importante: você acha que pode, eventualmente, perdoar seu cônjuge e ter um relacionamento saudável novamente, ou acha que não há mais chance de isso dar certo? É importante ser honesta consigo mesma e pensar se o seu relacionamento vale a pena ou não ser salvo. A coisa mais importante é ter tempo e espaço para refletir antes de tomar decisões precipitadas.
a.      Se você já conversou com seu esposo, declarou seus sentimentos, e ouviu seu lado da história, e teve um pouco de tempo para refletir sobre seus sentimentos, então você pode decidir se deseja ou não tentar fazer as coisas funcionarem.
b.      Se decidir que quer fazer o relacionamento funcionar, então se prepare para se esforçar. Se decidir que acabou, então é hora de tomar as medidas para conseguir um divórcio. Se este é o caminho para você, então você deve procurar um advogado.

PASSOS PARA RECONSTRUÇÃO DO RELACIONAMENTO:

1.      Faça o que é melhor para você. Infelizmente, nenhuma revista, amigo, membro da família ou médico poderá lhe dizer qual decisão é a melhor para você, ou para sua família. Se há crianças envolvidas, sua decisão será ainda mais complicada. Embora você possa pensar que só há uma resposta certa, no final do dia, você terá que ser honesta consigo mesma e ver o que seu coração está lhe dizendo para fazer. Pode levar um longo tempo para encontrar a verdade, mas a coisa mais importante é reconhecer que ninguém pode lhe dizer o que fazer ou o que sentir, especialmente seu cônjuge.
a.      Isso pode ser um pensamento intimidante, porque as chances são de que você irá precisar de um tempo para descobrir a resposta. Mas se for algo que seu sexto sentido está lhe dizendo para fazer, então é melhor você ouvir.

2.      Faça uma escolha de perdoar. Lembre-se que o perdão realmente é uma escolha; não é algo que acontece ou não. Se você estiver disposta a perdoar seu cônjuge, ou apenas tentar perdoá-lo, então você terá que fazer a escolha de forma decisiva. O perdão não irá cair no seu colo, é preciso trabalho para chegar lá. O primeiro passo é aceitar que vocês estão tentando fazer as coisas funcionarem.
a.      Seja honesta com seu cônjuge sobre isso. Não deixe o desejo de perdoar ou não perdoar permanecer um mistério. Deixe saiba que você realmente quer tentar fazer as coisas funcionarem.

3.      Passe algum tempo juntos. Se você quiser começar a reconstruir seu relacionamento, então você e seu cônjuge devem passar bons momentos juntos que não tenha nada a ver com a traição. Esforce-se em fazer as coisas que costumavam amar fazer juntos e evitar os lugares que lembram o que ocorreu. Faça um esforço para começar de baixo para cima, certificando-se que o relacionamento tem uma base sólida através de atividades diárias antes de avançar rápido demais.
a.      Você até pode descobrir uma nova atividade, como caminhar ou cozinhar, para fazer juntos. Isso poderá ajudá-la a ver o relacionamento sob um novo ângulo. Apenas certifique-se que seu parceiro não está sofrendo com isso ou tentando demais para lhe agradar.

4.      Cuide-se. Quando estiver lidando com uma traição, você pode sentir que cuidar de si mesma é sua última prioridade. Você pode estar muito ocupada sentindo um turbilhão de emoções para pensar em coisas como comer três refeições por dia, tomar um pouco de sol e descansar o suficiente. No entanto, para manter-se forte durante este momento difícil e ter energia para trabalhar seu relacionamento, você precisará fazer exatamente isso. Aqui estão algumas coisas a ter em mente:
a.      Tente dormir pelo menos de 7-8 horas por noite. Se você não consegue dormir porque está incomodada com seu cônjuge dormindo ao seu lado, você deve discutir outras opções de descanso.
b.      Esforce-se para comer três refeições saudáveis por dia. Embora você possa estar propensa a comer alimentos nada saudáveis, como comidas processadas, por estar estressada, você deve tentar manter-se saudável para manter o ânimo. Alimentos gordurosos podem fazer você se sentir fraca.
c.       Tente fazer pelo menos 30 minutos de exercício por dia. Esse tempo é bom para o corpo e a mente, e pode lhe dar algum tempo para ficar sozinha e não pensar sobre o assunto.
d.      Escreva em um diário. Tente escrever nele, pelo menos algumas vezes por semana para entrar em contato com seus pensamentos.
e.      Não se isole. Passe mais tempo com seus amigos e familiares para se sentir centrada.

5.      Procure aconselhamento. Embora o aconselhamento não seja para todos, você e seu cônjuge devem dar uma chance caso estejam tentando fazer as coisas funcionarem. Você pode achar que será embaraçoso ou demais para você, mas isso pode ser a melhor maneira de criar um espaço seguro para você e seu parceiro se sentir confortáveis para compartilhar seus sentimentos. Encontre um conselheiro de confiança e dê tudo de si durante as sessões.
a.      Se for importante para você, deixe claro ao cônjuge que isso não é negociável. Seu parceiro violou sua confiança e ele deve fazer isso para você.

6.      Tranquilize seus filhos. Se tiver filhos, então lidar com a traição de seu cônjuge será ainda mais complicado. Seus filhos provavelmente irão sentir a tensão em casa, por isso, é melhor ser honesta com eles sobre o fato de que vocês estão tendo alguns problemas. Embora você não deva entrar em detalhes, diga a eles que vocês os amam e que estão fazendo o melhor que pode para tentarem resolver as coisas.
a.      Se estiver pensando em terminar o relacionamento, não deixe seu cônjuge usar seus filhos para fazê-la continuar na relação. Embora ele possa argumentar que seus filhos estão melhor com dois pais em casa, isso pode não ser o caso, caso vocês briguem sempre ou não gostem mais um do outro.
b.      Arranje tempo para eles, mesmo quando estiver lidando com essa situação difícil. Estar com seus filhos também pode fazer você se sentir mais forte.

7.      Saiba quando acabou. Se você fizer todos os esforços para fazer as coisas funcionarem e não ver resultado, pois a outra parte simplesmente não quer, então pode ser hora de tomar uma decisão e seguir em frente.
a.      Não aceite a frustração. Não podemos decidir pelo outro!
b.      Você já se esforçou, e seu parceiro é aquele que violou sua confiança em primeiro lugar.
c.       Se decidir separar, como mulher cristã, seja prudente. Não inicie outro relacionamento antes de sair o divórcio, pois, diante de Deus estaria cometendo o mesmo erro que seu cônjuge.
d.      Outra coisa não deixe a vulnerabilidade emocional te empurrar para relacionamentos descartáveis, onde as pessoas se ferem e são feridas!

CONCLUSÃO:

1.      O plano de Deus é que o casamento dure até que a morte os separe!
2.      A experiência tem mostrado que se a parte que errou estiver arrependida, o perdão sempre será o melhor caminho!
3.      Se você conseguir seguir em frente, então também não deve sentir vergonha de si mesma por "ceder".
4.      Você fez a escolha que acha melhor para seu relacionamento e sua família, e ninguém deve julgar isso.
5.      No entanto, se houver perdão, vigie para que, sem perceber, não viva diminuindo a pessoa que errou, pois este gesto, ainda que inconscientemente, impede a cura e a restauração do relacionamento, pelo contrário, gera um relacionamento infeliz e doentio.
6.      Repetindo: O perdão sempre será a melhor decisão!
7.      Que Deus abençoe sua família!

sábado, 5 de maio de 2018

MÃE MÁ - A PROPÓSITO DO DIA DAS MÃES

O referido texto foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe - Porto de Galinhas. Depois de 13 dias desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e o crime permanece sem resposta.

A MÃE MÁ

Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães, eu hei de dizer-lhes:

- Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão.

- Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

- Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: "Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".

- Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

- Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

- Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram). Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

- Estou contente, venci. Porque no final vocês venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:

- "Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...".

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela nos obrigava a jantar à mesa, bem diferente das outras mães que deixavam seus filhos comerem vendo televisão. Ela insistia em saber onde estávamos à toda hora (ligava no nosso celular de madrugada e "fuçava" nos nossos e-mails). Era quase uma prisão! Mamãe tinha que saber quem eram nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia, que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela "violava as leis do trabalho infantil". Nós tínhamos que tirar a louça da mesa, arrumar nossas bagunças, esvaziar o lixo e fazer todo esse tipo de trabalho que achávamos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata! Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à porta, para ela os conhecer. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se a festa foi boa (só para ver como estávamos ao voltar).

Por causa de nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:

- Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

FOI TUDO POR CAUSA DELA!

Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "PAIS MAUS", como ela foi. EU ACHO QUE ESTE É UM DOS MALES DO MUNDO DE HOJE: NÃO HÁ SUFICIENTES MÃES MÁS!

Para meditação: "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele." Provérbios 22:6

terça-feira, 1 de maio de 2018

ORIGEM DO DIA DO TRABALHO

O Dia do Trabalho é comemorado em 1º de maio. No Brasil e em vários países do mundo é um feriado nacional, dedicado a festas, manifestações, passeatas, exposições e eventos reivindicatórios.


A História do Dia do Trabalho remonta o ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.

Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.

Fatos importantes relacionados ao 1º de maio no Brasil:

- Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)

- Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores.

FONTE: http://www.suapesquisa.com/