sexta-feira, 22 de março de 2024

PREGAÇÃO PARA DOMINGO DE RAMOS

 Mateus 21:1 a 11 – Marcos 11:1 a 11 – Lucas 19: 29 a 44 e João 12:12 a 19

INTRODUÇÃO:

·   Hoje a Igreja Cristã na face da terra relembra A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALEM, DIA CONHECIDO COMO DOMINGO DE RAMOS, pois as pessoas simples do povo acolheram Jesus em Jerusalém, colocando seus vestidos e ramos de árvores pelo caminho onde Jesus passava sobre o Jumentinho.

·      Jesus veio ao mundo ser um de nós, para se sacrificar por nós, para pagar o preço do pecado de toda humanidade.

·         Durante 3 anos Jesus exerceu seu  Ministério Público na terra:

·         Sem pecado, apesar de tentado em todas as coisas (Hebreus 4:15), Ele foi o sacrifício perfeito e único.

·         Os 3 anos de Ministério de Jesus é dividido – 1º - Ano de Inauguração  2º - Ano de Popularidade – 3º - Ano de Oposição

·         Muitas curas, muitos ensinamentos, muitas instruções, muitos confrontos de visão.

·         Aí começam as retaliações...

 

·         A ÚLTIMA SEMANA DE JESUS AQUI NA TERRA FOI BASTANTE AGITADA

A.      DOMINGO – Entra em Jerusalém triunfalmente e volta para Betânia – Colônia de leprosos para Casa de Simão o leproso, onde uma mulher ungiu os pés de Jesus.

B.      SEGUNDA – Volta a Jerusalém, amaldiçoa a figueira estéril, expulsa os vendilhões do templo e volta outra vez para Betânia.

C.      TERÇA – Vai a Jerusalém pela manhã, vê a figueira seca, ensina no templo, é interrogado sobre sua autoridade, sobre o pagamento de tributo a César pelo fariseus e herodianos, Os saduceus o interrogam com relação a ressurreição; Jesus fala aos doutores da Lei sobre os dois mandamentos, Desmascarou a hipocrisia dos Escribas e Fariseus; viu a oferta da viúva; Voltou para Betânia e passou pelo Monte das Oliveiras e ali profetiza a destruição do templo e a ruína da nação Judaica e fala de sua vinda (Sermão Profético Escatológico);

D.      QUARTA – Em Betânia começa a conspiração de Judas, Na casa de Simão o leproso, uma mulher ungiu os pés de Jesus, Judas fica revoltado e se alia As autoridades judaicas para prendê-lo. Jesus fica em Betânia neste dia.

E.       QUINTA – Jesus manda 2 discípulos a Jerusalém preparar a última Páscoa;

F.       SEXTA – (Quinta para sexta – começando no pôr do sol) Mais tarde Jesus vai até a cidade, celebra a Páscoa, aplaca uma discussão entre os disciplulos sobre quais deles era o maior; Faz o lava pés; Diz que vai ser traído; Judas sái; Anuncia a queda de Pedro; Instituiu a Ceia; Faz um discurso de despedida e ora por seus discípulos (João 14 a 17); Vai para o Getsemani e traído com um beijo de Judas; é Preso.

·         É levado a presença do Sumo Sacerdote;

·         Pedro o nega 3 vezes;

·         De manhã é levado ao Sumo Sacerdote e ao Sinédrio (Tribunal), onde é escarnecido e condenado.

·         Sacerdotes e anciãos do povo levam Jesus a Pilatos para obter sua crucificação;

·         Pilatos proclama-O inocente e o remete a Herodes;

·         Herodes o devolve para Pilatos;

·   Pilatos tenta soltar Jesus, mas para não contrariar a multidão, O entrega para ser crucificado.

·         Judas comete suicídio;

·         Levam Jesus para o Calvário e o crucificam ÀS 09:00 Hs.

·         Jesus Morre às 15:00 Hs e mais tarde seu corpo é retirado e sepultado.

G.     SÁBADO – O Sepulcro é guardado;

H.      DOMINGO – É Festa: Ele não está no sepulcro – Ele ressuscitou.


QUERO DESTACAR 3 VERDADES DESTE TEXTO PARA NOSSA EDIFICAÇÃO:


1.       O CRISTIANISMO GENUINO SEMPRE VAI ENFRENTAR OPOSIÇÕES

·         Não tem como agradar a todos o tempo todo.

·         Como dissemos, Jesus teve 3 anos de Ministério

·         – 1º - Ano de Inauguração  2º - Ano de Popularidade – 3º - Ano de Oposição

·         Mais cedo ou mais tarde, você vai ter que se posicionar – SE NÃO NEGAR A FÉ – Vai ter grande amigos e grandes opositores. (Casa, trabalho, colégio, círculo de amizade, etc...)

·         Mas ainda que surjam grandes opositores, Não se preocupe, Não negue a fé, Seja fiel.

·         Grande é a recompensa (Hebreus 10:35-39)

 

2.       NÃO SE ILUDA COM OS APLAUSOSBUSQUE A APROVAÇÃO DE DEUS

·         O mesmo povo que aclamou Jesus no domingo de Ramos– Odiou-O com ódio cruel sexta, a ponto de pedir a sua crucificação.

·         Além da manipulação da liderança religiosa que fez com que o povo mudasse a concepção de Jesus tão radicalmente, do mais amado para o mais odiado, o povo se decepcionou com Jesus;

·         Não que Jesus os tivesse decepcionado com algum erro, mas porque a expectativa que o Povo tinha de Jesus era super equivocada.

·         Esperavam um Rei que iria destruir Roma e libertar o povo Judeu do domínio cruel deste povo.

·         Jesus confessou para Pilatos, quando perguntado se Ele era o Rei dos Judeus: (Lucas 18: 36) Sou Rei, O meu reino não é deste mundo: Se fosse, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos Judeus. O meu reino não é daqui.

·         A traição começou dentro do colégio apostólico: Judas Iscariotes.

·       O coração daquele povo estava na BENÇÃO TEMPORAL E NÃO NA BENÇÃO ETERNA. (LADRÃO NA CRUZ)

·         Muitas vezes nos decepcionamos também, quando a nossa visão não é servir, mas ser servido.

·     Quem tem a visão de Reino, nunca vai ser pego de surpresa. NÃO VIVE DE APLAUSO, NÃO VIVE DE ELOGIOS, MAS VIVE EM RAZÃO DA APROVAÇÃO DE DEUS! (Jovem Concertista)

 

3.       EU FAÇO PARTE DO PROJETO DE DEUS

·   Lucas 19:39 e 40 diz que quando os discípulos começaram a engrandecer o seu nome, Alguns da multidão pediram para que Jesus fizesse cala-los, mas Jesus lhes disse: Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.

·         Havia uma profecia, mencionada por Mateus ao relatar esta passagem, em Salmo 24:7 a 10, Zacarias 9:9 e Isaias 62:11, e iria cumprir de qualquer maneira.

·         ISAIAS PROFETIZOU QUE JESUS VERIA O FRUTO DE SEU PENOSO TRABALHO – Nós Somos este fruto. (diga pra Jesus: EU SOU O FRUTO DO TEU PENOSO TRABALHO)

·         Há um hino que cantamos que diz: QUE NÃO PASSE DE NÓS, O TEU ESPÍRITO ...QUE NÃO SEJA PRECISO QUE SE LEVANTE OUTRA GERAÇÃO DE ADORADORES.

·      Êxodo 14: 26 a 40 – Deus proclama que toda uma geração daqueles que tinham saído do Egito, acima de 20 anos, iriam morrer nos próximos 40 anos de deserto, pois tinham tentado a Deus por mais de 10 vezes.

·      Deus conta conosco. Deus conta comigo!

·      Mas, se eu não quiser, Ele levantará outro – se necessário uma nova geração, para que anuncie sua volta iminente.

 

Conclusão:

·         Nunca se esqueça:

·      Não existe cristianismo sem cruz, sem oposição, sem sofrimento – Mas, também não existe Cristianismo sem vitória. ELE VENCEU – E NÓS VAMOS VENCER – EM NOME DE JESUS

·    O QUE NOS INTERESSA É ARRANCAR UM SORRISO NO ROSTO DE JESUS, MESMO QUE PRÁ ISSO SEJAMOS VAIADOS PELO MUNDO.

·         Deus tem nos dado a HONRA DE FAZERMOS parte do seu projeto.

·         A OBRA DA REDENÇÃO ESTÁ CONCLUIDA! A OBRA DA PROCLAMAÇÃO DEUS DEIXOU PARA NÓS.

quarta-feira, 20 de março de 2024

24.03 A 30.03.2024 - REACENDENDO A PAIXÃO

TEXTO BASE: Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2:4-5).

“Prazer em Deus é a saúde de sua alma. Essa é a chave da adoração aceitável. Deus não está satisfeito, nem nós somos renovados, por uma obediência repleta de tarefas, mas isenta de prazer.” – RICHARD BAXTER

INTRODUÇÃO:

Em seu livro Um coração ardente: acendendo o amor por Deus, John Bevere, um dos grandes mestres bíblicos da atualidade, declara: Os dias e tempos que vivemos hoje trazem com eles questões difíceis. Por que tantos na igreja não possuem essa paixão? Por que investimos milhões em mídia, edifícios, anúncios e inúmeras outras formas de propagarmos o evangelho, enquanto tantos na igreja ainda lutam contra a luxúria e o desejo pelos prazeres deste mundo? Por que mais de 80% dos convertidos acabam voltando para um mundo de trevas? Como os pecadores podem declarar que tiveram uma experiência de novo nascimento, mas não demonstrar nenhuma mudança?

Creio que a resposta para todas essas questões pode ser resumida de uma única maneira: a ausência do fogo e da paixão por Deus.

DESENVOLVIMENTO:

O PRIMEIRO AMOR: O que é esse primeiro amor a que o Senhor Jesus se refere nessa mensagem? É um fogo de grande intensidade em nosso íntimo, que coloca Jesus acima de todas as coisas. Isso foi muito bem exemplificado em uma das parábolas de Cristo: (Mt 13:44). O Senhor está falando de alguém que, além de transbordar de alegria por ter encontrado o reino de Deus, ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar do seu achado. Essas duas características são evidentes na vida de quem teve um encontro real com Jesus. Essa alegria inicial foi mencionada por Jesus na parábola do semeador. O problema é que alguns cristãos permitem que ela desapareça diante de algumas provações: (Mt 13:20-21). Outros cristãos, por sua vez, até mesmo diante das mais duras provações, ainda permanecem transbordantes dessa alegria. Isso nos mostra que o responsável pela perda da paixão não são as circunstâncias em si. Pois, enquanto o amor de uns chega a se esfriar, o de outros não sofre dano algum, mesmo diante das adversidades. A questão é a atitude que cada um tem diante das circunstâncias. O primeiro amor é uma profunda resposta ao entendimento do amor de Cristo, o que nos leva a buscar e a servir ao Senhor com intensidade e paixão.

DEFININDO A PERDA DO PRIMEIRO AMOR: Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada de pecado, e necessita de arrependimento. Jesus classificou a perda da paixão inicial como sendo uma queda, que também é chamada de pecado, e que necessita de arrependimento. Há muitos crentes que continuam se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo, pelo galardão, por quaisquer outros motivos, os quais, acompanhados daquele primeiro amor intenso, fariam sentido, mas sozinhos não! A queixa que o Senhor faz é a de que esses crentes haviam abandonado o primeiro amor. O Senhor Jesus tampouco está exortando essa igreja por não o amar mais! Não se tratava de uma ausência completa de amor, pois ainda havia amor! No entanto, o amor deles havia perdido a sua intensidade e não era mais o amor que ele esperava encontrar neles! Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade.

No entanto, há quatro coisas, especificamente, que eu gostaria de enfatizar aqui. Se quisermos nos prevenir e evitar essa perda, ou se quisermos uma restauração, depois que perdemos esse amor, precisaremos entender esses aspectos e a maneira como eles nos afetam: 

1) O convívio com o pecado

2) A falta de profundidade

3) A falta de tratamento

4) As distrações.

O caminho de volta é o caminho da restauração. Foi o próprio Senhor Jesus quem propôs esse caminho: Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas (Ap 2.5).

Cristo mencionou, no versículo acima, três passos práticos que devemos dar a fim de voltar ao primeiro amor:

1) Lembrança (lembra-te); 

2) Arrependimento (arrepende-te); 

3) Recomeço (volta à prática das primeiras obras).

É necessário um recomeço, ou seja, retornar ao que fazíamos no início da caminhada de fé. Essas primeiras obras a que Cristo se refere não são o primeiro amor em si, mas estão atreladas a ele. Elas são uma forma de expressar e alimentar o nosso primeiro amor. Elas têm a ver com a como buscávamos o Senhor antes e também com a maneira como nós o servíamos. É tempo de resgatar o nosso amor ao Senhor e dar-lhe nada menos que nosso amor total!

CONCLUSÃO:

Embora haja um caminho de volta para quem perdeu o primeiro amor, não precisamos chegar a esse ponto.

Podemos ser preventivos e evitar essa perda.

O amor puro e sincero é o que não se corrompe, que traz em si a perpetuidade, que dura para sempre.

Que possamos estar no grupo certo, entre os que amam com amor incorruptível e vivem em tamanha fascinação por Jesus ATÉ QUE NADA MAIS IMPORTE!

sábado, 16 de março de 2024

17.03 A 23.03.2024 - VIDAS PRECIOSAS DEMAIS

TEXTO: Atos 20:24 - Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus. 

“Se você não está pronto para morrer por uma causa, então você não está pronto para viver por ela.” – Martin Luther King Jr.

INTRODUÇÃO:

Hoje em dia, a gente fala sobre o que arde no coração de Deus, enfatiza a necessidade de os perdidos receberem a salvação, exalta a grandeza do ministério e, ainda assim, parece ser tão difícil despertar as pessoas para responder ao chamado divino.

O volume de gente disposta a servir a Cristo tem sido cada vez menor.

E olha que, proporcionalmente falando, a igreja de hoje é muito maior que a de quase quatro décadas atrás!

Por que a resposta ao chamado ministerial, especialmente no que tange a missões mundiais, tem se tornado cada vez mais rara?

DESENVOLVIMENTO:

Um dia desses, quando eu questionava o Senhor sobre o porquê desse baixo nível de resposta da igreja, o Espírito Santo falou comigo. Uma frase veio forte, eu arriscaria dizer “quase gritada”, ao meu coração: “Vidas valiosas demais!”

Imediatamente veio, também, ao meu coração, a seguinte passagem bíblica: (At 20:24). Em outras palavras, ele estava dizendo que não considerava a sua vida como valiosa ou estimada demais. É óbvio que não estou falando de não amar a si próprio ou não dar valor à vida. Estou falando de valorizar mais o propósito de Deus do que a própria vida! O segredo daqueles que se doam ao reino de Deus é a sua capacidade de não darem mais valor à vida em si do que à razão dela.

O espantoso é quando avaliamos, dentro do seu contexto, o que o apóstolo aos gentios disse: E qual é o contexto dessa afirmação? Encontramos isso nos versículos que precedem sua declaração: (At 20:22-23). Uau! Que declaração! Atualmente, quando desafiamos as pessoas a pregar o evangelho, lembrando e encorajando-as acerca do galardão vindouro, da recompensa eterna, já é difícil gerar resposta. Imagine, então, quão difícil seria se déssemos a elas a mesma garantia que Paulo tinha de que o que lhe aguardava eram cadeias e tribulações! O que leva alguém, à semelhança do apóstolo, a encarar esse tipo de desafio? Como alguém chega a esse ponto de topar qualquer coisa pelo chamado? A chave pode ser encontrada na frase em nada considero A VIDA PRECIOSA para mim mesmo.

O segredo de quem se entrega totalmente a Deus e ao seu reino é a sua capacidade de não valorizar a própria vida acima do chamado divino. Era isso que movia o apóstolo Paulo. Ele era norteado pelo seu propósito, pelo seu chamado.

Como dizia Myles Munroe: “A maior tragédia na vida não é a morte. É uma vida sem propósito”.  Ao longo dos séculos, os cristãos que fizeram diferença tinham algo em comum: a renúncia e a abnegação. Eram crentes que não amavam sua própria vida mais do que ao Senhor.

Estavam dispostos a sacrificar-se pelo bem maior, o chamado de Deus, a missão a ser cumprida. Sei que a nossa natureza carnal e egoísta tem a inclinação de lutar contra a autonegação. É o instinto de sobrevivência, diriam alguns. Não temos, necessariamente, que vivenciar uma grande emoção, um sentimento arrebatador, para chegar a essa dimensão de entrega.

O que precisamos é compreender alguns valores e princípios bíblicos.

PELO QUE VALE VIVER? Muitos mártires morreram pela fé ao longo dos séculos. Por quê?

Porque a exigência feita para que lhes fosse permitido continuar a viver era negar sua fé em Cristo. E imagino que a primeira coisa que eles, nessa hora, devem ter pensado foi algo parecido com isto: “Vale a pena viver depois de ter negado a Cristo?” E, penso eu, a resposta seria: “Claro que não!” A própria lógica, e não necessariamente a emoção, os remeteria à seguinte conclusão: “É melhor morrer do que viver fora do propósito de Deus!” Qual é o grande valor da nossa vida? O que torna a vida significativa? O que faz dela algo pelo qual vale a pena se viver? É uma vida que agrada a Deus, que nos leva a experimentar o cumprimento do nosso propósito. A própria Palavra de Deus nos ensina que há coisas pelas quais não vale a pena viver. Observe, por exemplo, o que Jesus falou acerca dos escândalos: (Mt 18:6-7). Não há como esperar um cristianismo sem escândalos. Cristo disse que é inevitável que eles aconteçam. Porém, embora ele deixe claro que não dá para evitá-los na vida coletiva, na história da cristandade, é possível evita-los em nossa vida pessoal. E a razão – uma muito boa razão – que nosso Senhor nos dá para evitar tais escândalos é a sua declaração (eu diria um tanto quanto assustadora): melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Sério? É isso mesmo que Jesus estava querendo dizer? Que seria melhor suicidar-se do que servir de escândalo?

Sim, goste você ou não, foi exatamente isso que ele falou. Entenda que eu não estou fazendo apologia ao suicídio e tampouco pode se dizer que Cristo tenha feito isso. As consequências do suicídio são graves, é algo muito sério. Portanto, ninguém pode dizer que essa é uma sugestão dada pelo Messias. O que ele estava dizendo era o seguinte: “Se você cogita a possibilidade de viver para servir de escândalo e, além de arruinar a sua própria vida, vai fazer tropeçar muitos dos meus pequeninos, seria melhor prejudicar só a si mesmo”. Ou seja, o juízo para quem serve de escândalo é pior do que o juízo para quem se mata. Encontramos nos versículos posteriores ao que estamos analisando o mesmo tipo de conselho. Observe: (Mt 18:8-9). O que é sugerido aqui? Que se corte o pé ou a mão? Que se arranque um olho? Não! A orientação é sobre não pecar!

E para demonstrar a seriedade e importância de observar essa orientação, bem como ajudar a tomar a decisão correta, Cristo mostra que seria melhor, ou menos grave, optar pela perda menor. Embora sábio mesmo seja não escolher nem um nem outro.

CONCLUSÃO:

Há coisas pelas quais não vale a pena viver. E viver para si, em vez de para o Senhor, certamente está entre elas.

segunda-feira, 4 de março de 2024

10.03 A 16.03.2024 - VIVENDO DE APARÊNCIA – PARTE 2

TEXTO: “Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” – Marcos 7:6-7

INTRODUÇÃO: O ser humano, como já afirmamos, é extremamente focado na aparência. Conforme vimos em Marcos 7.6,7, ele consegue louvar a Deus com um coração distante somente para manter a aparência de devoção, ainda que esta seja superficial, fingida ou até mesmo inexistente.

DESENVOLVIMENTO:

JESUS CONFRONTA A VIDA APARENTE: O livro de Atos, detalhando um momento importante da igreja em seu início, relata a história de Ananias e Safira, um casal que estava mais preocupado em que as pessoas o vissem dando uma grande oferta do que com a atitude correta de agradar e obedecer ao Deus a quem eles ofertavam (At 5:1-11). Um triste e lastimável fato que não se limita só à vida desse casal! O Senhor Jesus nos instruiu em relação a isso, para que nos guardássemos de cair nesse tipo de armadilha: (Mt 6:1-4). Em outras palavras, o mestre advertia: “Não procure aparecer com o que você faz, senão sua recompensa se limitará a tão somente ser visto e reconhecido pelos homens. Haja discretamente, buscando agradar só a Deus e, assim, você guardará o seu coração de uma atitude errada, de uma vida aparente. E isso trará a recompensa divina a você!”

Observe que a intenção do ato de dar esmolas é claramente revelado na frase a fim de serem honrados pelos outros. E Cristo não falou acerca disso somente quando falava das esmolas, mas também ao ensinar sobre as orações e os jejuns: (Mt 6:5, 16-18). Obviamente, Jesus não estava nos proibindo de compartilhar com alguém uma experiência de jejum. Até por que ele mesmo também fez isso; do contrário, como ficaria o fato de os Evangelhos nos contarem acerca de seu jejum de quarenta dias? O erro não está no que fazemos e tampouco se contamos ou não aquilo que fazemos. A questão é o anseio de promover essa aparência de espiritualidade quando resolvemos anunciar aquilo que fazemos. Nós valorizamos demais a casca, a embalagem. Mas a verdade é que a forma não é tão importante quanto a essência. Veja o que o apóstolo Paulo ensinou aos coríntios: (2 Co 4:6). A essência (o tesouro interior) é o que tem valor. A embalagem em que ela se encontra (o vaso de barro) não tem a mesma importância. Quem deve receber destaque é o Senhor e seu poder, não a gente! Jesus não estava dizendo que nunca podemos ser vistos ou reparados pelos homens. Isso é inevitável. O que não podemos é desejar ser vistos ou esforçar-nos para estar em evidência. Isso deveria ser só uma consequência, um mero efeito colateral.

A RELIGIOSIDADE É PIOR QUE A IMORALIDADE: A religiosidade é algo tão perverso, tão espiritualmente venenoso, que, ao observar o ensino do Senhor Jesus, entendemos que ela pode ser pior até mesmo do que a imoralidade. Sim, é isso mesmo que estou afirmando. E por quê? Porque, diferentemente dos demais pecadores, o religioso, por sua aparência de piedade, é um pecador vacinado contra o arrependimento! Lemos na Bíblia que a perversa cidade de Sodoma teria se aberto ao ministério de Jesus e sua pregação de arrependimento, enquanto os judeus de seus dias, não. (Mt 11:23). Cafarnaum, lugar onde Cristo operou tantos milagres, terá juízo mais rigoroso que Sodoma! Por quê? Porque diante de milagres como os que Jesus operou, os piores pecadores de Sodoma tinham maior possibilidade de arrependimento. Pior do que um pecador (por mais terrível que seja) só mesmo um outro pecador que é vacinado contra o arrependimento. É isso que a religiosidade faz: bloqueia os pecadores contra o arrependimento. Ela promove um senso de justiça baseado na vida aparente que, por sua vez, o cega para a sua real condição espiritual. (Mt 21:28-32). Aprendemos a falar e nos comportar com ares de bons cristãos e, com isso, encobrir nossa desobediência.

Note que a Bíblia diz em (Tg 1:22-25), que aquele que não pratica a palavra engana a si mesmo. Essa pessoa não está enganando os outros, tampouco a Deus. Ela está enganando a si mesma! Muitos acreditam que, por demonstrarem aparência de piedade ao frequentar os cultos ou estudar a Bíblia sozinhos, alcançarão um lugar em Deus, mas isso não é verdade. A única coisa que legitima nossa entrada no reino de Deus é o reconhecimento do senhorio de Jesus; e este, por sua vez, só se evidencia por meio da obediência e sujeição total a Cristo. Na parábola de Jesus, compreendemos que o segundo filho, que a princípio rebela-se contra as ordens do Pai e depois arrepende-se de sua atitude e muda sua postura para a obediência, é quem agrada a Deus.

Uau! Jesus comparou o primeiro filho com os religiosos de sua época e o segundo, com as prostitutas, o que me faz concluir que a religiosidade chega a ser pior do que a imoralidade. Quem está no pecado, sabe que está errado e que tem de mudar, mas o problema do religioso é que, por sua aparência de piedade, ele se acha justo e perfeito.

CONCLUSÃO:

Conclui-se, então, que de nada adianta passar horas sentado na igreja, ouvindo a Palavra de Deus, agindo como quem diz sim a tudo que nosso Pai celestial nos pede, se depois não se faz o que ele nos ordenou.

A aparência de obediência não está entre os pecadores; está entre os religiosos.

Já a verdadeira obediência nem sempre está com eles!