O brasileiro Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42, foi
executado nesta terça-feira (28) por fuzilamento na ilha de Nusakambangan, na
Indonésia, cumprindo uma condenação à morte por tráfico de drogas.
Ele foi o segundo
brasileiro executado na Indonésia em 2015.
O paranaense foi condenado à morte em 2005, um ano
após ser preso no aeroporto de Jacarta com 6 kg de cocaína escondidos em
pranchas de surfe.
Diagnosticado com
esquizofrenia paranoide no ano passado, sua defesa tentou, sem sucesso,
convencer autoridades a reverter a condenação.
A família alegou que Gularte foi aliciado por
traficantes por causa de seu estado mental.
Segundo relato do diplomata Leonardo Carvalho
Monteiro, que o visitou na prisão no último sábado, Gularte reagiu com
"delírio" à informação de que seria executado. Ele
também rejeitou os três últimos pedidos a que teria direito antes de morrer, mas
pediu para ser enterrado
em Curitiba, sua cidade natal.
Depois de sua
condenação há 11 anos, Gularte chegou a tentar suicídio na prisão. De acordo
com sua prima Angelita Muxfeldt, sua
situação médica piorou há três anos, e em 2014 uma equipe
médica contratada pela família do paranaense o diagnosticou com esquizofrenia
paranoide, sofrendo delírios e alucinações.
Ele foi avaliado
novamente em março, mas o resultado do exame nunca foi divulgado pelas
autoridades da Indonésia.
A falta de informações gerou protestos da família e do
governo brasileiro.
Em nota no último
domingo, o
Itamaraty classificou de "inaceitável" a execução de Gularte,
dizendo que o governo da Indonésia se recusou a reconhecer a doença mental do
brasileiro e fugiu "ao mais elementar bom senso e a normas básicas de
proteção dos direitos humanos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário