sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ESTUDO MOSTRA LIGAÇÃO ENTRE INSÔNIA E PENSAMENTOS SUICIDAS

Reportagem publicada no site http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/02/14/estudo-mostra-ligacao-entre-insonia-e-pensamentos-suicidas.htm diz que: A insônia e os pesadelos, que muitas vezes caminham juntos, são fatores de risco para o suicídio

Um novo estudo confirma a ligação entre insônia, pesadelos e pensamentos suicidas e sugere que essa relação é mediada por crenças e também por atitudes ligadas ao sono. A pesquisa mostra que o tratamento de problemas específicos do sono pode reduzir o risco de suicídio em pessoas com sintomas depressivos.

"A insônia e os pesadelos, que muitas vezes caminham lado a lado, são conhecidos fatores de risco para o suicídio", afirmou W. Vaughn McCall, principal autor do estudo e responsável pelo departamento de psiquiatria da Universidade Regents Georgia, nos EUA. O que faz uma coisa levar à outra, no entanto, era um mistério.

A pesquisa, publicada na edição de fevereiro do Journal of Clinical Sleep Medicine, detectou que o desespero causado pela insônia e pelos pesadelos é diferente do desespero que as pessoas podem sentir no dia a dia, devido a problemas de relacionamento ou no trabalho.

O trabalho contou com 50 pacientes deprimidos (a maioria mulheres), de 20 a 84 anos, atendidos ambulatoriamente ou no setor de emergência e com grau moderado de insônia. Mais da metade dos participantes já havia tentado o suicídio pelo menos uma vez.

"A insônia pode levar a um tipo muito específico de desesperança, e o desespero, por si só, é um poderoso preditor de suicídio", comenta McCall.

Segundo os autores, o estudo sugere que o sono e as crenças de uma pessoa podem ser novos alvos para a prevenção do suicídio.

Segundo a nutricionista funcional Daniela Jobst, alimentos muito pesados ou gordurosos ingeridos próximo ao horário de dormir são um dos maiores inimigos de uma boa noite de sono. “É bom evitar carne vermelha, gordura, coisas com creme ou muito queijo. Senão, o corpo gastará energia para fazer a digestão e não para garantir o sono”, explica. Portanto, a pizza cheia de queijo no jantar deve se restringir a poucas ocasiões se o objetivo for dormir melhor.

Outros alimentos que devem ser evitados são os estimulantes que contêm cafeína, como chá mate, chá verde, café, refrigerantes, chocolates, castanhas, nozes e amendoim, informa a nutricionista Priscila Rosa, da Equilibrium Consultoria, em São Paulo.

Alimentos ricos no aminoácido triptofano, como leite, queijo magro e iogurtes, são opções que ajudam a relaxar e ter um sono mais tranquilo. “O ideal é consumir uma porção 30 minutos antes de deitar”, indica Rosa. “Este nutriente também pode ser encontrado na alface e na banana, podendo fazer parte do jantar, por exemplo”, continua ela.

Segundo Daniela Jobst, a banana é a melhor fonte de triptofano e o indicado é comer uma unidade aquecida no micro-ondas coberta com canela, à noite, para ajudar a dormir melhor. Ainda de acordo com ela, alimentos fonte de magnésio trabalham o relaxamento muscular e ajudam o corpo a deixar de lado as tensões do dia para se ter um bom sono. Entre eles estão o grão-de-bico, a soja e a couve. Todos devem ser ingeridos no jantar para se ter efeito ao longo da noite.

Priscila Rosa aconselha tomar uma xícara de chá com folhas de alface ou um copo de leite com uma colher de café de canela em pó antes de deitar. “A canela é um dosador insulínico e, com isso, evita que a taxa de açúcar do sangue se eleve”, explica.

ALIMENTOS QUR AJUDAM A DORMIR MELHOR:

BANANA: uma das melhores fontes do aminoácido triptofano, que ajuda a relaxar e ter um sono mais tranquilo. Com canela, potencializa os efeitos.

IOGURTES: feitos com leite, que é rico no aminoácido triptofano, ajudam a relaxar e ter um sono mais tranquilo.

SOJA: fonte de magnésio, trabalha o relaxamento muscular e ajuda o corpo da deixar de lado as tensões do dia para se ter um bom sono.

QUEIJOS: feitos com leite, que é rico no aminoácido triptofano, ajudam a relaxar e ter um sono mais tranquilo. Dê preferência para os magros, como o queijo branco.

GRÃO DE BICO: fonte de magnésio, trabalha o relaxamento muscular e ajuda o corpo da deixar de lado as tensões do dia para se ter um bom sono.

COUVE: fonte de magnésio, trabalha o relaxamento muscular e ajuda o corpo da deixar de lado as tensões do dia para se ter um bom sono.

LEITE: rico no aminoácido triptofano, que ajuda a relaxar e ter um sono mais tranquilo. O ideal é um copo 30 minutos antes de deitar.

ALFACE: possui o aminoácido triptofano, que ajuda a relaxar e ter um sono mais tranquilo. Pode ser consumida na forma de chá ou até suco.

No entanto, notícia publicada no site http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI610341-EI298,00.html caminha em posição diametralmente oposta, a saber:

Estudo descarta relação de insônia com tendências suicidas

Pessoas com problemas para dormir não correm maior risco de ter tendências suicidas do que as que dormem bem, segundo um estudo publicado nesta sexta-feira pela revista Sleep.

"A insônia está ligada a uma redução da qualidade de vida e pode preceder a depressão", mas não está relacionada com "resultados adversos" como o suicídio, afirmaram os autores no artigo.

A conclusão foi extraída de observações feitas em 13.564 adultos entre 45 e 69 anos durante um período de 6,3 anos. Segunda a pesquisa, embora 23% dos participantes tenham dito que sofriam de insônia, o número de suicídios foi normal entre os 709 membros do grupo que morreram durante o período da pesquisa.


Quem está com a razão?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

LEONARDO BOFF DIZ QUE "AMBIGÜIDADE" MARCA A HISTÓRIA DE BENTO XVI

Apesar de serem a mesma pessoa, Joseph Ratzinger e o Papa Bento 16 eram duas personalidades diferentes. A opinião é do teólogo e professor universitário Leonardo Boff, um dos poucos brasileiros que conviveram com o líder católico que anunciou hoje (11) o fim de seu pontificado. Ex-integrante da ordem franciscana e um dos expoentes da Teologia da Libertação no Brasil, ala mais liberal da igreja e contrária à maioria das posições do papa, Leonardo Boff falou à Agência Brasil sobre o papa Bento 16 "de função ambígua e polêmica" e de atitudes rígidas.

"Uma coisa é o Ratzinger professor e acadêmico, que era extremamente gentil e inteligente, além de amigo dos estudantes. Dava metade do salário aos estudantes latinos e da África. Outra coisa é o Bento 16, que exerce função autoritária e centralizadora, sem misericórdia com homossexuais e [adeptos da] camisinha", disse Boff.

O teólogo define Ratzinger da fase pré-papal como um pastor e professor extremamente erudito e de fácil acesso. "Era pessoa simples que, ao se tornar cardeal, mudou de comportamento e passou a assumir posições duras. Tratava com luvas de pelica os bispos conservadores e com dureza teólogos da libertação que seguiam os pobres."

Segundo Boff, dois aspectos caracterizaram o Ratzinger da fase posterior. "Primeiro, o confronto com a modernidade, no encontro com as culturas e com outras religiões. Tinha a compreensão de que a Igreja Católica era o único porta-voz da verdade, e a única capaz de dar rumo a toda humanidade. Por isso, teve dificuldades com muçulmanos e judeus."

O segundo aspecto tem origem à época em que era cardeal. "Ele pedia aos bispos que impedissem que padres pedófilos fossem levados aos tribunais civis. Na medida em que a imprensa mostrou que havia não apenas padres, mas também bispos e cardeais suspeitos dessa prática, o Vaticano teve de aceitar a realidade. Ratzinger carrega essa marca de, quando cardeal, ter sido cúmplice desses crimes", declarou Boff.

Na avaliação do ex-franciscano, outro ponto fraco da atuação de Bento 16 como maior líder da Igreja Católica foi o de levar um papado tradicional, voltado para dentro da Europa. Na opinião de Boff, o papa construiu "uma igreja baluarte: fortaleza cercada de inimigos por todos os lados", e contra os quais tinha de se defender.

"Acho que o projeto dele era uma reforma da igreja ao estilo do passado, voltada para dentro e tendo como objetivo político a reevangelização da Europa. Nós, fora de lá, consideramos esse projeto como ineficaz e como opção pelos ricos. Projeto equivocado", argumentou. "Não é um papa que deixará marcas na história."

Boff disse não ter recebido com surpresa a notícia de que o papa deixará o posto, e que já sabia que ele vinha tendo problemas de saúde que o comprometiam física e psicologicamente para exercer o ofício.

"Recebo com naturalidade essa notícia. Essa decisão segue sua natureza objetiva. Não é praxe um papa renunciar. Ele desmistificou a figura do papas, que geralmente ficam [no cargo] até morrer. Provavelmente por entender o papado como um serviço. Essa atitude merece toda admiração e respeito. Esperamos, agora, que até a Páscoa, em meados de março, elejam um novo papa. De preferência um papa mais aberto. Até porque 52% dos católicos vivem no terceiro mundo e não mais na Europa", completou.

FONTE: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/02/11/para-leonardo-boff-ambiguidades-marcam-a-historia-de-bento-16.htm


terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A MUDANÇA DE PAPA E OS EVANGÉLICOS: POR QUE ACOMPANHAR ESTE PROCESSO?QUAIS SÃO AS IMPLICAÇÕES PARA OS EVANGÉLICOS?

O Papa Bento XVI renunciou!
O mundo todo, especialmente o povo Católico, está surpreso com uma atitude incomum de um Papa, que é a Renúncia.
Apesar de não ser o primeiro papa que renuncia na história da Igreja Católica, já que o último foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).
Quanto as causas da renúncia, só o tempo ou a eternidade revelará os verdadeiros motivos.
Em comunicado, Bento XVI, que tem 85 anos, afirmou que vai deixar a liderança da Igreja Católica Apostólica Romana devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer as obrigações do cargo.
Para Mário Sérgio Cortella, professor de história da religião da PUC-SP, a renúncia de Bento XVI foi sábia. “Um ato de sanidade antes que as circunstâncias da insanidade possam chegar até ele, um homem já idoso”, falou o professor à rádio CBN.
O professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) Rafael Rodrigues da Silva afirmou que "nunca será possível" saber as reais motivações da renúncia de Joseph Ratzinger ao cargo, mas, seja por pressões internas ou por problemas de saúde, a decisão não foi tomada do "dia para noite".
Uma coisa é certa: Esta sucessão, quer queiramos ou não, vai afetar a vida de todas as pessoas do mundo, independente da sua religião.
Quanto aos evangélicos, não são poucos os que, por ingenuidade, ou ignorância, dizem: O que temos com isso?
Eu respondo: Tudo! Esta escolha pode, sim, afetar os Evangélicos. Pois, há muito tempo o Vaticano tem se preocupado com o crescimento dos evangélicos na América Latina e na África, como é explicitado pelo próprio Bento XVI em entrevista à Revista Época em 2011:

Papa Bento XVI se diz preocupado com avanço de igrejas evangélicas

O papa Bento XVI expressou nesta sexta-feira (18), sua preocupação pelo avanço das igrejas evangélicas na América Latina e África. Em conversa com jornalistas a bordo do avião que o leva a Cotonou, capital do Benin, o papa afirmou que frente ao desafio dos evangélicos a Igreja Católica tem que oferecer uma mensagem simples, profunda e compreensível.

O papa afirmou que as igrejas evangélicas estão crescendo porque expõem uma mensagem aparentemente compreensiva e uma liturgia participativa que, na realidade, consiste no "sincretismo de religiões". "Isso garante um êxito, mas também resulta em pouca estabilidade", afirmou. Bento XVI disse que é muito importante que o cristianismo não se conceba como um sistema difícil, e tenha uma mensagem universal.

Bento XVI disse que muitas vezes os fiéis que migram para igrejas evangélicas voltam à Igreja Católica ou adotam outras igrejas pentecostais. Por isso, o papa defende uma mensagem "simples, profunda e compreensível" para que não aconteça uma fuga de cristãos para estas igrejas.
FONTE: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/11/papa-se-diz-preocupado-com-auge-de-igrejas-evangelicas.html

No burburinho e especulações quanto ao nome do novo Papa e os desafios que o aguarda, o Arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes foi muito enfático: "O diálogo com a cultura pós-moderna e com as demais religiões da Ásia e da África, uma igreja mais missionária e o avanço das igrejas evangélicas são alguns dos grandes temas que serão debatidos pelo próximo papa".
FONTE: http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/02/12/renuncia-de-bento-16-pode-levar-igreja-catolica-a-repensar-seu-papel-na-sociedade-dizem-especialistas.htm

O que esperar do novo Papa?
O que esperar do Vaticano, com todo seu poder sobre a política e finanças dos governos mundiais, ainda que ignorado por muitos, para conter o crescimento dos Evangélicos?

Quem está acompanhando as entrevista de teólogos e autoridades católicas, neste momento, vão verificar que o novo Papa já virá sob a pressão de combater o crescimento dos evangélicos.

A postura a ser adotada pode ser um realinhamento de conduta, de forma a tornar a celebração cúltica da Igreja Católica bem parecida com a evangélica, como Bento XVI deixou transparecer, no que defendeu como a necessidade de a Igreja Católica passar a pregar uma mensagem "simples, profunda e compreensível" para que não aconteça uma fuga de cristãos para as igrejas evangélicas, no entanto, não será nenhuma surpresa se a postura adotada não for "tão amistosa".

Isto significa que os evangélicos devem orar, acompanhar com atenção e reflexão nos desdobramentos e na postura que o novo Papa e o Vaticano adotará frente ao povo evangélico para que, pelo pecado da ingenuidade, não sejamos pegos de surpresa.

O nosso desejo sincero é que Deus oriente e abençoe todos os Cardeais na escolha do novo Papa para que este seja um instrumento nas mãos de Deus para colocar a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) nos caminhos que Ele mesmo (Deus), estabeleceu para Ela.

O que nos trás paz como "cristãos" é a certeza de que, seja como for, Deus está e estará conosco!

Rev. Ednaldo Breves - Pastor da Igreja Metodista, Formação em Capelania Hospitalar, Bacharel em Teologia, Pós-Graduaçäo em Teologia

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

EM FEVEREIRO DE 2012, BENTO XVI ATACAVA "CARREIRISTAS" QUE TRAMAVAM SUASUCESSÃO

Raramente um papa fala na primeira pessoa. Na abertura da Quaresma o papa Bento XVI resolveu, estomagado, criticar abertamente os carreiristas que já tramam, com ele vivo e a gozar de boa saúde, para ocupar o trono de São Pedro.

Ratzinger estava irado com as fugas de notícias. Fugas que os jornalistas italianos, recipiendários dos documentos secretos, chamam de “santíssimos vazamentos”.

São notícias vindas da outra margem do rio Tevere, onde não está incrustado o Vaticano, o menor dos estados e a única monarquia teocrática.

Essas “futricas” internas coincidem com um momento delicado para a Santa Fé. O papa Ratzinger encontra dificuldade para adequar o IOR — Instituto para as Obras Religiosas — chamado de Banco do Vaticano, às normas internacionais sobre lavagem de dinheiro sem causa e reciclagem dos capitais lavados em atividades formalmente lícitas.

Com efeito, o papa Ratzinger, em plena abertura da Quaresma, mandou recado duro para os membros da hierarquia da Igreja. E falou na primeira pessoa.

“A soberba está na raiz de todos os pecados”, frisou Ratzinger ao mencionar a “busca pelo poder”. Pelo que informa a mídia europeia, existe internamente, desde o final de 2011, uma luta intestina pela sucessão de Ratzinger. A saúde de Ratzinger está boa, mas a idade avança.
Na mensagem, o papa alerta os fiéis para não confundirem a fé na Igreja com as falhas humanas dos seus integrantes. Algo duro e que procurou atingir os que tramam, nos bastidores e vazamentos, pelo enfraquecimento do poder central e da missão papal.

O certo é que documentos comprometedores chegam à imprensa italiana com frequência. Para se ter ideia deles e do teor conspiratório, o cardeal colombiano Dario Catrillon, um tradicionalista, alertou a Cúria sobre um complô para matar o papa Ratzinger.

Outro “santíssimo documento” é atribuído ao arcebispo de Palermo. Em viagem à China, o cardeal de Palermo, Paolo Romeo, deixou escapar que Bento XVI, apesar do forte esquema de segurança, seria assassinado nos próximos 12 meses. O cardeal desmente, mas sua revelação foi parar em documento enviado diretamente ao papa Ratzinger.

Para uma ala de futriqueiros de saia, quem estaria por trás da manobra seria o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado. Bertone, há anos, acompanha Ratzinger e foi seu vice na Doutrina da Fé, órgão que substituiu o antigo Santo Ofício. Bertone recebeu críticas porque teria sido complacente e imprudente com relação a apurações sobre clérigos pedófilos.

Hoje pela manhã, na inauguração de um centro pediátrico na cidade italiana de Potenza, o cardeal Bertone usou de uma imagem para atacar os integrantes da Igreja que vazam documentos para a imprensa sobre fatos que dizem respeito a interesses internos da instituição.

Para Bertone, eles são os corvos (abutres) inconformados com o vôo de paz e elevado das pombas.

Os esvaziamentos de duas polpudas contas-correntes vaticanas em dois bancos italianos gerou suspeitas das autoridades italianas, no final de 2011.

As suspeitas decorreram porque as operações foram realizadas contra as normas internacionais mínimas a respeito de lavagem de capitais.

O esvaziamento das contas-correntes, frise-se, estavam em desacordo com as leis italianas que seguem as regras impostas pela União Europeia. A respeito, o Vaticano informou tratar-se de movimentações simples e voltadas a cobrir despesas com obras de caridade, como poderia comprovar.

Logo depois do esvaziamento das contas em bancos italianos, o papa Ratzinger determinou, mas parece não conseguir, ou pelo menos com a velocidade desejada, a adequação do Vaticano às normas internacionais protetivas da União Europeia: o Vaticano, como se sabe, não integra a ONU nem a União Europeia.

Ratzinger, na cerimônia que abriu a Quaresma, mostrou disposição de cortar as asas dos que se movimentam para fechar um nome para a sua sucessão.

Evidentemente, sem fumaça branca e sem a inspiração do Espírito Santo, como reza a tradição: o Espírito Santo é quem escolhe o novo papa e conduz os votantes, que são meros instrumentos.

Pano rápido. O papa Ratzinger faz de tudo para recolocar os clérigos nos trilhos. Ele advertiu para que coloquem fim “às ambições pessoais e ao carreirismo na Igreja”.

FONTE: http://terramagazine.terra.com.br/semfronteiras/blog/2012/02/24/papa-bento-xvi-ataca-os-carreiristas-que-tramam-a-sua-sucessao-bertone-fala-em-abutres/


LEONARDO BOFF X BENTO XVI

INTERESSANTE ESTA PARTE DA ENTREVISTA A REVISTA "ISTO É" EM 28.05.2010

ISTOÉ -
Muitos vaticanistas dizem que Bento XVI pensa em termos de séculos e não está preocupado em conquistar mais fiéis. O sr. concorda?

LEONARDO BOFF -
Bento XVI é fiel a uma esdrúxula teologia que sempre defendeu e da qual eu ainda como estudante e ouvinte dele discordava. Ele é um especialista em Santo Agostinho, grande teólogo. Santo Agostinho partia do fato de que a humanidade é uma “massa condenada” pelo pecado original e pelos demais pecados. Cristo a redimiu. Criou um oásis onde só há salvação e graça. Esse oásis é a Igreja. Ocorre que esse oásis é uma fantasia. Ele é tão contaminado como qualquer ambiente, haja vista os pedófilos e outros escândalos financeiros.

ISTOÉ -
Como o sr. avalia o pontificado de Bento XVI?

LEONARDO BOFF -
Do ponto de vista da fé, este papa é um flagelo. Ele fechou a Igreja de tal forma sobre si mesma que rompeu com mais de 50 anos de diálogo ecumênico, vive criticando a cultura moderna, desestimula qualquer pensamento criativo, mantendo-o sob suspeita. Todo papa tem a missão imposta por Jesus de “confirmar os irmãos e as irmãs na fé”. Esta missão, a meu ver, não está sendo cumprida.

ISTOÉ -
Por quê?

LEONARDO BOFF -
Bento XVI cometeu vários erros de governo com respeito aos muçulmanos, aos judeus, às mulheres e às religiões do mundo. Reintroduziu o latim nas missas em que se reza ainda pela conversão dos judeus, reconciliou-se com os mais duros seguidores de Lefebvre (Marcel Lefebvre arcebispo católico ultraconservador, que morreu em 1991), verdadeiros cismáticos. Enquanto trata a nós teólogos da libertação a bastonadas, trata os conservadores com mão de pelica. É um papa que não suscita entusiasmo. Mesmo assim, convivemos com ele, porque a Igreja é mais que Bento XVI. É também o papa João XXIII, é dom Helder Câmara, é a Irmã Dulce, a Irmã Doroty Stang, é dom Pedro Casaldáliga e tantos e tantas.

ISTOÉ -
O sr. acha que ele deveria renunciar?

LEONARDO BOFF -
O papa, para o bem dele e da Igreja, deveria renunciar. Devemos exercer a compaixão: ele é um homem doente, velho, com achaques próprios da idade e com dificuldades de administração, pois é mais professor que pastor. Em razão disso, faria bem se fosse para um convento rezar sua missa em latim, cantar seu canto gregoriano que tanto aprecia, rezar pela humanidade sofredora, especialmente pelas vítimas da pedofilia, e se preparar para o grande encontro com o Senhor da Igreja e da história. E pedir misericórdia divina.

ISTOÉ -
Como foi a convivência dos srs. no mesmo ambiente acadêmico?

LEONARDO BOFF -
Ouvi-o muitas vezes, pois era um apreciado conferencista. Teve um papel importante na publicação de minha tese doutoral, que, por seu tamanho – mais de 500 páginas –, encontrava dificuldades junto às editoras. Ele encontrou uma, arranjou-me boa parte do dinheiro para a impressão em forma de livro. Depois fomos colegas nas reuniões anuais da revista internacional “Concilium”. Mas ele se desentendeu com a linha da revista e criou uma outra, a “Communio”, em franca oposição à “Concilium”.

ISTOÉ -
Anos depois, em 1985, já na Congregação para a Doutrina da Fé, ele o puniu. Como foi esse encontro?

LEONARDO BOFF -
Ele me fez sentar na cadeira onde sentou Galileo Galilei, no famoso edifício, ao lado do Vaticano, do Santo Ofício e da antiga Santa Inquisição. Foi meu “inquisidor”, interrogando-me por mais de três horas sobre o livro “Igreja: Carisma e Poder”, que me custou o “silêncio obsequioso”, a deposição de cátedra e a proibição de publicar qualquer coisa. Mas devo dizer que é uma pessoa finíssima, extremamente elegante na relação, mas determinado em suas opiniões. E muito, mas muito, tímido.


Lista de "papáveis"

Confira a lista dos "papáveis" com mais chances de assumir o posto mais alto da Igreja Católica, em ordem alfabética de sobrenome.

João Braz de Aviz, (Brasil, 65) trouxe ar fresco para o departamento do Vaticano para congregações religiosas quando ele assumiu em 2011. Ele apoia a preferência para os pobres na teologia da libertação da América Latina, mas não os excessos de seus defensores.

Timothy Dolan, (EUA, 62) tornou-se a voz do catolicismo dos EUA depois de ser nomeado arcebispo de Nova York, em 2009. Seu humor e dinamismo impressionaram o Vaticano, onde as duas coisas estão em falta. Mas cardeais estão receosos de um "superpapa" e seu estilo pode ser norte-americano demais para alguns.

Marc Ouellet, (Canadá, 68) é o chefe da Congregação para os Bispos. Ele disse uma vez que se tornar papa "seria um pesadelo". Apesar de bem relacionado, o secularismo generalizado de sua Québec nativa poderia atrapalhá-lo.

Gianfranco Ravasi, (Itália, 70) é ministro da Cultura do Vaticano desde 2007 e representa a Igreja para o mundo da arte, ciência, cultura e até mesmo para ateus. Este perfil poderia prejudicá-lo se os cardeais decidirem que precisam de um pastor experiente em vez de outro professor como papa.

Leonardo Sandri, (Argentina, 69) nasceu em Buenos Aires de pais italianos. Ele deteve o terceiro posto mais alto do Vaticano como chefe de gabinete em 2000-2007, mas não tem experiência pastoral.

Odilo Pedro Scherer, (Brasil, 63) é considerado o mais forte candidato da América Latina. Arcebispo de São Paulo, a maior diocese do maior país católico, ele é conservador no Brasil, mas considerado moderado nos demais lugares. O rápido crescimento das igrejas protestantes no Brasil poderia pesar contra ele.

Christoph Schoenborn, (Áustria, 67) é um ex-aluno de Bento com um toque pastoral que o pontífice não tem. O arcebispo de Viena foi classificado como "papável" desde a edição do catecismo da Igreja na década de 1990.

Angelo Scola, (Itália, 71) é arcebispo de Milão, um trampolim para o papado, e muitos italianos apostam nele. Especialista em bioética, ele também conhece o Islã como chefe de uma fundação para promover a compreensão entre muçulmanos e cristãos. Sua densa oratória pode irritar cardeais que buscam um comunicador caristmático.

Luis Tagle (Filipinas, 55) tem um carisma muitas vezes comparado com o do falecido papa João Paulo 2º. Ele também é próximo ao papa Bento depois de trabalhar com ele na Comissão Teológica Internacional. Embora tenha muitos fãs, ele só se tornou cardeal em 2012.

Peter Turkson (Gana, 64) é o principal candidato africano. Chefe do escritório de justiça e paz do Vaticano, é o porta-voz da consciência social da Igreja e apoia a reforma financeira mundial.

PROCESSO PARA ESCOLHA DE UM PAPA

Bento XVI anunciou hoje, em Roma, a sua resignação ao pontificado, com efeito a partir das 20h do dia 28 de Fevereiro.

Cabe agora aos colégio dos cardeais eleger um novo Papa para guiar a Igreja Católica. A partir da data anunciada convergirão em Roma todos os príncipes da Igreja que possam fazer a viagem para, em conclave, eleger o Bispo de Roma, Vigário de Cristo, Sucessor do Príncipe dos Apóstolos, Sumo Pontífice da Igreja Universal, Primaz de Itália, Arcebispo e Metropolita da Província Romana, Soberano da Cidade Estado do Vaticano e Servo dos Servos de Deus.


Quem pode escolher? 

O Papa é eleito pelos cardeais eleitores, isto é, os cardeais que tenham menos de 80 anos.

Quem pode ser escolhido? 

Qualquer homem baptizado e em comunhão com a Igreja Católica pode, em teoria, ser eleito Papa. Há mais de 600 anos, contudo, que os cardeais escolhem um dos seus. O último Papa escolhido de fora do colégio dos cardeais foi Urbano VI no século XIV. Mais recentemente foi noticiado que no Consistório de 1958 o Arcebispo de Milão, Giovanni Montini, recebeu vários votos, apesar de não ser Cardeal. Contudo ele foi imediatamente nomeado cardeal por João XXIII, e viria mesmo a sucedê-lo na eleição seguinte.

Como se dá a votação?

Na manhã designada para começar o conclave os cardeais celebram missa na Basílica de São Pedro. Nessa tarde encontram-se e vão em procissão até à Capela Sistina, entoando o cântico “Veni Creator Spiritus”. Antes de começar a eleição todos os presentes juram respeitar as normas estabelecidas para o processo; defender a liberdade da Santa Sé em caso de serem eleitos; manter segredo sobre o que se passa no conclave e ignorar quaisquer pressões de autoridades seculares na votação.

Os participantes no conclave estão proibidos de comunicar, ou receber qualquer informação do exterior, mesmo sob forma de imprensa.

Na tarde do primeiro dia realiza-se uma ronda de votação seguida, caso não seja conclusiva, de quatro rondas por dia nos dias subsequentes, duas de manhã e duas à tarde. É necessária uma maioria de dois terços para eleger o Papa.

Se ao fim de três dias não houver um novo Papa, as votações são suspensas por um dia para recolhimento e oração, e para que o Cardeal-Diácono mais antigo se possa dirigir aos presentes.

Sete rondas mais tarde, caso ainda não haja Papa o processo é novamente interrompido. Desta feita é o Cardeal-Padre mais antigo que se dirige aos presentes. Na interrupção seguinte será o Cardeal-Bispo mais antigo. Se mesmo assim não houver entendimento, a próxima interrupção será para oração, meditação e diálogo, e na ronda seguinte apenas serão colocados a votação os dois nomes que tenham obtido mais votos. Caso sejam cardeais eleitores (o cenário mais provável), estes dois não poderão votar. Chegado a esta situação, basta uma maioria simples para determinar o próximo Papa.

Apresentação do novo Papa

Uma vez eleito um candidato, o decano do Colégio dos Cardeais, ou um seu representante caso o decano tenha ultrapassado os 80 anos, pergunta ao candidato eleito se aceita a responsabilidade. Pode recusar, mas é raro. Se disser que sim, e caso seja bispo, é imediatamente apresentado como Papa. É nesta altura que o novo Papa escolhe um nome.
Caso ainda não seja bispo (há alguns cardeais que são apenas padres), deve ser ordenado bispo pelo decano e só depois apresentado como Papa. No caso raríssimo de se eleger um leigo, este será ordenado diácono, depois padre, depois bispo e só então apresentado como Papa.

Nesta altura os boletins de voto são queimados. É adicionado um químico para que o fumo saia branco. Este fumo, que pode ser observado da Praça de São Pedro é um dos sinais de que existe um novo Papa. Outro sinal é o tocar dos sinos a rebate.

CONCLAVE DE 117 CARDEAIS ELEGERÁ O SUCESSOR DE BENTO XVI

EM TEMPO: Conclave (do latim cum clave, que significa com chave) é a reunião em clausura muito rigorosa dos cardeais aquanto da eleição do Papa. Os cardeais permanecem incomunicáveis com o exterior até haver um Papa escolhido.


A Radio Vaticano informou que 117 cardeais eleitores participarão do conclave, entre eles o alemão Walter Kasper e o italiano Severino Poletto, que completarão 80 anos em março, idade limite para votar na escolha do novo papa. Pela constituição Universi Dominici Gregis (De Todo o Rebanho do Senhor), não entram no conclave quem tiver completado 80 anos antes de ser declarada a Sé Vacante, pela morte e, no caso, renúncia do papa. Mas o número de participantes vai cair para 116, porque o cardeal indonésio Julius Darmaatmadja, de 78 anos, anunciou que não irá a Roma, por estar doente.

Roma, 11 fev (EFE).- O Conclave para a escolha do próximo papa será realizado até o fim de março, já que deve ocorrer de 15 a 20 dias depois de 28 de fevereiro - data na qual Bento XVI deixará o Pontificado - e contará com a participarão de 117 cardeais em regime de isolamento.

Habitualmente, o Conclave é realizado na Capela Sistina. Os cardeais se hospedam no edifício denominado "Domus Sanctae Marthae" (Residência Santa Marta), na Cidade do Vaticano.

Embora sejam levados deste prédio ao Palácio Apostólico de ônibus, o isolamento dos cardeais é total. Eles são proibidos de usar o telefone, assistir a televisão ou trocar qualquer tipo de correspondência com o exterior nos dias prévios à escolha.

Em 2007, Bento XVI modificou as regras para a eleição de seu sucessor - concretamente o sistema de maioria estabelecido pelo texto de 1996. Com isso, para escolher o sucessor de Bento XVI, será preciso obter mais de dois terços dos votos dos cardeais eleitores em todas as urnas.

Até então, era necessária essa maioria, mas se após o terceiro dia de votações e chegada a 33ª ou 34ª apuração não houvesse resultados positivos, a definição aconteceria por maioria absoluta.

Além disso, a nova regra estabelece que quando chegar a vez de voto dos dois cardeais mais votados, estes não poderão participar da votação.

No que diz respeito ao nome dos candidatos, deve constar na cédula escrita uma caligrafia diferente da particular de cada cardeal, e está proibido aos eleitores revelar a qualquer outra pessoa notícias sobre as votações, antes, durante e depois da designação do novo papa.

Após cada eleição, as cédulas são queimadas. A tradição indica que os cardeais devem usar palha seca ou úmida para que a fumaça seja preta (se não foi escolhido o papa) ou branca (se a votação deu como resultado a eleição do novo pontífice).

Assim que o eleito "aceitar sua escolha canônica" como sumo pontífice, o primeiro dos diáconos - cardeal Protodiácono - anuncia da sacada da Basílica vaticana a eleição do novo papa com a tradicional citação: "Nuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam$escape.getQuote().EFE


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POSSÍVEIS SUCESSORES DO PAPA BENTO XVI

Vários cardeais católicos europeus, incluindo o arcebispo de Milão Angelo Scola, e vários latino-americanos, entre eles o brasileiro Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, estão entre os possíveis sucessores de Bento XVI.

Especialistas, canonistas e observadores, numa recolha da revista espanhola «Iglesia» citada pela Agência Lusa, apontam também como um dos fortes candidatos o responsável da Congregação de Bispos desde junho de 2010, o canadiano Marc Ouellet.

Revistas especializadas, incluindo o semanário católico inglês «The Tablet», e alguma imprensa italiana, começaram, já em 2011, a publicar artigos sobre os possíveis sucessores de Bento XVI, dando conta da idade avançada e do estado de saúde do pontífice, eleito em 2005.

O número 1024 do Código da Lei Canónica determina que qualquer homem batizado é elegível para o cargo mas, desde 1378, o Papa tem sido sempre eleito entre os membros do Colégio de Cardeais.

Independentemente de quem seja eleito, as regras do próximo conclave determinam também que o futuro Papa terá que contar, necessariamente, como um apoio dos cardeais.

João Paulo II tinha alterado as regras do conclave para permitir uma eleição por maioria simples, mas Bento XVI alterou as regras, pouco depois de ser eleito, recuperando o modelo tradicional que requer uma maioria de dois terços.

Analistas antecipam que, nas apostas sobre a sucessão, o debate se centre - como ocorreu antes da escolha de Bento XVI - na divisão entre os que favorecem um sucessor europeu e os que apostam num candidato de fora da Europa, nomeadamente América Latina ou África.

Numa lista mais ampla, publicada em abril do ano passado, a revista «Business Insider» acrescentava outros nomes ao grupo de possíveis sucessores de Bento XVI, num processo onde votariam 120 cardeais, entre os quais 67 europeus.

Entre os favoritos ao cargo está o atual arcebispo de Milão, o cardeal Angelo Scola, que poderia contar com o apoio do forte bloco de eleitores italianos - representam cerca de um quarto de todos os cardeais com direito a voto.

Considerado próximo de Bento XVI, Scola, 71 anos, foi um dos fundadores da Oasis Foundation, que procura aproximar teólogos islâmicos e cristãos e tem ocupado cargos importantes na hierarquia católica italiana.

O arcebispo de São Paulo, Odilo Pedro Scherer, é outro dos papáveis e, potencialmente, o candidato latino-americano «mais forte» segundo a «The Tablet», tanto por liderar a maior diocese no maior país católico do mundo.

Entre os latino-americanos destaca-se também o cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, 70 anos, e considerado o João Paulo II latino-americano, devido à sua personalidade carismática, capacidade linguística e trabalho de promoção dos ensinamentos sociais da igreja.

Entre os africanos o melhor classificado é o cardeal Petro Kodwo Appiah Turkson, ganês de 63 anos e atualmente o presidente do Conselho Pontifício para a Justiça e Paz, que representaria a aposta do Vaticano noutras geografias.

As apostas incluem ainda na lista de candidatos o franco-canadiano Marc Ouellet, que lidera desde 2010 a Congregação dos Bispos, foi editor da Communio, a revista internacional fundada por Joseph Ratzinger.

Responsáveis do Vaticano antecipam que o conclave de eleição do sucessor de Bento XVI decorra em março.

FONTE: http://www.tvi24.iol.pt/503/internacional/papa-bento-xvi-sucessores-igreja-cardeais-tvi24/1418708-4073.html

PAPA BENTO XVI ANUNCIA RENÚNCIA AO PONTIFICADO

Papa Bento 16 anunciou nesta segunda-feira (11) a renúncia ao pontificado, segundo o Vaticano. Ele deve deixar o posto em 28 de fevereiro.

Em comunicado, feito em latim durante uma assembleia de cardeais na qual se discutia um processo de canonização, Bento 16 disse que deixará o cargo devido à idade avançada, por "não ter mais forças" para exercer a função.

"Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino", disse o papa em um surpreendente anúncio durante o consistório para marcar as datas de canonização de três causas.

O pontífice, que completará 86 anos em abril, afirmou que "no mundo de hoje (...), é necessário o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado". "Por esta razão, e consciente da seriedade deste ato, em completa liberdade, eu declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro", acrescentou o papa.

AS PALAVRAS DO PAPA

Queridísimos irmãos, Convoquei-os a este Consistório, não só para as três causas de canonização, mas também para comunicar-vos uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter examinado perante Deus reiteradamente minha consciência, cheguei à certeza de que, pela idade avançada, já não tenho forças para exercer adequadamente o ministério petrino. Sou muito consciente que este ministério, por sua natureza espiritual, deve ser realizado não unicamente com obras e palavras, mas também e em não menor grau sofrendo e rezando. No entanto, no mundo de hoje, sujeito a rápidas transformações e sacudido por questões de grande relevo para a vida da fé, para conduzir a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor tanto do corpo como do espírito, vigor que, nos últimos meses, diminuiu em mim de tal forma que eis de reconhecer minha incapacidade para exercer bem o ministério que me foi encomendado. Por isso, sendo muito consciente da seriedade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao Ministério de Bispo de Roma, sucessor de São Pedro, que me foi confiado por meio dos Cardeais em 19 de abril de 2005, de modo que, desde 28 de fevereiro de 2013, às 20 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro ficará vaga e deverá ser convocado, por meio de quem tem competências, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice. Queridísimos irmãos, lhes dou as graças de coração por todo o amor e o trabalho com que levastes junto a mim o peso de meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora, confiamos à Igreja o cuidado de seu Sumo Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo, e suplicamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista com sua materna bondade os Cardeais a escolherem o novo Sumo Pontífice. Quanto ao que diz respeito a mim, também no futuro, gostaria de servir de todo coração à Santa Igreja de Deus com uma vida dedicada à oração

Esta é apenas a segunda vez que um Papa da Igreja Católica renuncia ao pontificado.

O cargo ficará vago até a eleição do próximo papa.

Aos 78 anos, ele foi um dos cardeais mais idosos a ser eleito papa.

Biografia

O cardeal alemão Joseph Ratzinger foi eleito papa em 19 de abril de 2005, em substituição a João Paulo 2º, que havia morrido em 2 de abril de 2005.

Bento 16 é o 265º papa e o primeiro a ser eleito no século 21. Ele assumiu o posto em meio a um dos maiores escândalos enfrentados pela Igreja Católica em décadas - o escândalo de abuso sexual de crianças por clérigos.

Líder da Congregação para a Doutrina da Fé, Bento 16 contou com o apoio das alas mais conservadoras da igreja à época de sua escolha como sumo pontífice.

Ratzinger nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl, Alemanha, e entrou para o seminário aos 12 anos. Na adolescência, estudou grego e latim, e mais tarde se doutorou em teologia pela Universidade de Munique.

É conhecido como grande estudioso e possui sólida carreira acadêmica. Na Igreja, ocupou o posto de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, responsável por difundir e defender a doutrina católica.

Com a morte de João Paulo 2º, Ratzinger foi eleito pelos cardeais em abril 2005 e adotou o nome de Bento 16.

Durante a Segunda Guerra, chegou a ser convocado para combater nos esquadrões antiaéreos alemães. Dispensado, acabou sendo recrutado primeiro pela legião austríaca e depois pela infantaria alemã, da qual desertou em menos de dois meses.

De volta ao seminário, foi ordenado padre em junho de 1951. À função, somou o trabalho como professor de teologia, primeiro na Universidade de Bonn e depois na de Regensburg, onde seria reitor.

Em março de 1977, tornou-se arcebispo de Munique e Freising e, menos de três meses depois, foi criado cardeal pelo papa Paulo 6º. Já sob João Paulo 2º, em 1981, Ratzinger tornou-se o líder da Congregação para a Doutrina da Fé.

Neste cargo, Ratzinger reprimiu com força os teólogos que saíram de sua doutrina rígida e alienou outras denominações cristãs dizendo que não são igrejas verdadeiras.

Chamado de Guardião do Dogma, ele combateu o sacerdócio feminino e condenou a homossexualidade, além de ser contra a comunhão aos divorciados que voltarem a se casar e a impedir o crescimento do laicismo dentro da Igreja, mas não se considera um "durão".

FONTE: UOL NOTÍCIAS

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Ministério da Saúde lança cartilha instruindo a prática do aborto

O Ministério da Saúde está patrocinando uma cartilha com 10 páginas que instrui como proceder no uso do medicamento Misoprostol, mais conhecido pela marca Cytotec, cuja comercialização é proibida no Brasil e o uso exclusivo para, pasmem senhores!, aborto.

No entanto, Alexandre Padilha, Ministro da Saúde, pode ter criado uma situação constrangedora para o Governo. Pois o Ministro está patrocinando através de órgão público, mais precisamente da Secretaria de Atenção a Saúde, um material que instrui o crime de aborto.

Não obstante, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e especialmente um grupo de estudos informais do Ministério da Saúde — não sei a extensão dessa “informalidade” —, são os responsáveis pela elaboração do material destinado a ensinar as mulheres como abortar usando medicamentos.

O material dito “neutro” e “isento” ao Governo é vergonhoso e eticamente doloso. É vergonhoso porque se pratica o engajamento mais descarado, mas sem qualquer identificação de pessoas, autores, colaboradores, etc. E é eticamente dolosa porque apela à mentira.

Promove o que os movimentos pró-aborto chamam de “direito ao desfrute do mais alto nível possível de saúde física e mental”. Uma falácia! Principalmente quando se atenta contra a vida promovendo o uso de um medicamento proibido no país.

O doutor Thomaz Rafael Gollop, Coordenador de Estudos sobre Aborto da SBPC nega a promoção do material através do Ministério da Saúde. Como nega? É cego? Não.
O fato é que sabe do compromisso do Governo e da inconstitucionalidade deste trabalho, que digo ser uma apologia à morte. Mas volto ao ponto.

O Ministério da Saúde e um grupo de especialistas se reuniram no dia 4 de junho do ano passado para discutir um programa para aconselhamento de mulheres que decidiram abortar. Formada por médicos, antropólogos, juristas e cientistas sociais, a comissão iria sugerir a formulação de uma cartilha, com orientações para que o procedimento seja feito com segurança.

Vejam isto: Uma cartilha ilegal, para promover um remédio proibido no Brasil, estimulando o exercício de uma atividade ilícita e criminosa, visando o homicídio de crianças no Brasil.

Este material foi formulado e impresso. A cartilha leva o título “Protocolo Misoprostol” e apresenta instruções para uso desse medicamento abortivo.

O responsável pela publicação é o Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde e o texto também se encontra disponível na Biblioteca Virtual do Ministério.

Estou no aguardo da Frente Parlamentar Evangélica, convocar o senhor Ministro Alexandre Padilha, para explicar o propósito e a real intenção do Ministério da Saúde em promover esta cartilha homicida.

A informação é que a cartilha é direcionada aos médicos, mas na verdade a primeira edição teve uma tiragem de 268.108 exemplares, sendo que dados recentes publicados no site da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) indicam que há no Brasil 22.815 médicos em atividade nessa área.

A publicação ultrapassa, portanto, em mais de 10 vezes, o número de profissionais aos quais teoricamente se destinaria.

O texto é explicitamente pragmático, um verdadeiro “manual de instruções” do que a uma publicação de orientação médica voltada aos profissionais da área. Uma enfática promoção criminosa do aborto.

Não existe biografia ou referência a autores ou cientistas envolvidos.

Na abertura do dito material se lê: “Assim, apresentamos a seguir o Protocolo para Utilização de Misoprostol em Obstetrícia, em linguagem técnica, dirigido a profissionais de saúde em serviços especializados, para agilizar os procedimentos e atendimentos, o que resultará certamente, em benefícios à saúde da mulher”.

Porém o conteúdo mais parece um material de instrução social, ou seja, acessível e legível a qualquer público, sem termos ou linguagens técnicas e de fácil compreensão. Instruindo inclusive a forma de uso mais rápida e eficiente do medicamento, que repito, é proibido no Brasil. É estupefaciente um programa para aconselhamento de mulheres que decidiram abortar.

Quando candidata Dilma Rousseff assinou um termo de compromisso com os evangélicos no qual se comprometeu de não encaminhar ao Congresso qualquer proposta que tratasse de alterações de pontos de temas concernentes à família, incluindo o aborto.

A questão não só é absurdamente inconstitucional, pois faz menção de dois crimes: primeiro instruindo o uso de um medicamento ilegal e fazendo apologia ao aborto e instruindo a prática criminosa, como também trará sérias consequências ao Governo, pois expressa o interesse do senhor ministro Alexandre Padilha em fomentar as políticas de incentivo ao aborto, ou, no caso, da descriminalização da prática.

Uma estratégia que já se tornou clássica. Sim, pois desde o famoso kit gay, que fazia apologia ao homossexualismo, diversos trabalhos tem sido adotados através de Ministérios a fim de driblar a marcação do Gabinete da Presidenta, que certamente não pretende se complicar com os cristãos a pouco mais de um ano das eleições 2014.

O certo é que esta situação poderá complicar em muito o relacionamento entre governo e liderança cristã — digo cristã, pois, incluo os líderes católicos.

Uma instrução ao Ministro Alexandre Padilha: Não traia o compromisso da presidente Dilma Rousseff feito aos evangélicos no Brasil. Não traia o seu juramento como médico feito em sua colocação de grau, que foi no sentido de defender a vida. Respeite a constituição da República Federativa no Brasil, que, preconiza a inviolabilidade da vida.

Aborto é crime no Brasil. O que esta cartilha está promovendo de maneira explicita é a atividade criminosa da indústria abortiva. Isto é o paradoxo dos paradoxos: O Ministério da Saúde promovendo uma cartilha que orienta como matar crianças no ventre de uma mãe.

Esta cartilha, ao meu ver, é imoral, antiética, ilegal, vergonhosa, esdrúxula e criminosa. Estimula, por vias transversas, a atividade criminosa da indústria do aborto no Brasil, através de um remédio cuja circulação está proibida pelo próprio Governo.

Passo a aguardar a manifestação da Frente Parlamentar Evangélica, no sentido de convocar o senhor Ministro para uma audiência pública, a fim de prestar esclarecimento aos deputados federais e senadores da republica, sobre sua real intenção em promover a “cartilha do homicídio de crianças no ventre das mães no brasil”.

AUTOR: Abner Ferreira
Cristão, advogado, esposo, imortal da Academia Evangélica de Letras do Brasil, pastor presidente da Assembleia de Deus em Madureira – Rio de Janeiro.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

FÉRIAS - DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA VIAGEM DE CRIANÇAS

Durante o período das férias escolares, muitas famílias aproveitam o tempo de recesso para viajar.
Para os pais que vão levar os filhos durante a viagem, é importante não esquecer documento que comprove o parentesco, mesmo nos trajetos de carro.
A funcionária pública Fabiana Miranda, de 30 anos, vai viajar pela primeira vez com a filha de um ano e três meses. Ela diz que trouxe mais de um documento para não ter problemas.

"Não esquecemos de nada. Trouxemos até a mais porque a gente nunca sabe do que vai precisar. Vai que perde um."

Neste período de férias, muitas crianças costumam viajar desacompanhadas dos pais para casa de parentes e excursões.
De acordo com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, para os menores de 12 anos que vão viajar com um maior sem grau de parentesco, é necessária uma autorização de viagem por escrito emitida pelos pais.
O documento precisa ter firma reconhecida em cartório, tanto em viagens de carro, ônibus ou de avião.
Para jovens entre 12 e 17 anos, também é necessária a autorização, mas eles podem viajar sem acompanhante.
No caso de voos internacionais, não é necessária a autorização, desde que o menor esteja acompanhado de ambos os pais.
Caso apenas um dos responsáveis esteja presente, é necessário preencher um formulário que pode ser adquirido na Polícia Federal.
Foi o que fez a dona de casa Regina Castilho.
A filha dela, Clara Castilho, de 15 anos, vai viajar com o pai para a Espanha.
A mãe diz que é a segunda vez que a filha vai para fora do Brasil e que sempre se lembra de separar os documentos.

"A primeira coisa que eu faço quando vai viajar é justamente pegar toda a documentação. Inclusive, o pai tirou cópia do passaporte, plastificou para levar, para andar na cidade e não ter perigo de perder, nem de ser roubado. Ele deixa todos os documentos certinho."

Algumas companhias aéreas cobram uma taxa para cuidar de crianças de até 12 anos que viajam sozinhas.
Você pode consultar o valor do serviço na loja da companhia aérea no aeroporto.

FONTE: Portal Creio


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Valdemiro Santiago compra CNT-TV e negocia aquisição da REDE 21

O líder religioso da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, maior comprador de horários na TV brasileira, é o novo dono da emissora CNT, informou a revista Veja.

Os representantes do pastor negociavam a compra desde a semana passada, com valores que giravam em torno dos R$ 500 milhões.

Pastor ainda negocia compra de outro canal de TV

Com a compra, Valdemiro realiza o sonho de ter um canal na TV aberta, assim como seu “rival” Edir Macedo.

A CNT possui, atualmente, 48 praças que levam o seu sinal pelo país.

O religioso também negocia desde o ano passado a compra da Rede 21, pertencente ao Grupo Bandeirantes.

A Igreja Mundial do Poder de Deus tenta fechar acordo com a Bandeirantes, em um contrato que envolve o arrendamento do canal e, futuramente, a sua compra com abatimento do valor já investido.

O valor do negócio pode chegar aos R$ 700 milhões.

A informação é do blog Radar, de Veja, assinado pelo colunista Lauro Jardim.

Com o negócio, Valdemiro passa a ter um canal na TV aberta, a exemplo de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record.

Procuradas por EXAME.com, tanto a CNT quanto a Igreja Mundial não tiveram representantes localizados.

Ontem, a Folha de S. Paulo havia publicado que Valdemiro estaria prestes a finalizar a transação, avaliada em 500 milhões de reais.

Ainda segundo a Folha, a Rede 21, do Grupo Bandeirantes, também estaria no radar do líder religioso, em um negócio avaliado em 700 milhões de reais.

Para concretizar os investimentos, Valdemiro teria pedido uma "doação emergencial" aos fiéis pela TV, informou o jornal.


Fonte: Portal IMPRENSA

Aeroporto de Resende terá voos para o Rio

Resende

Além da ligação com São Paulo, Resende deve ter em breve voos para o Rio. A informação foi dada pelo secretário municipal de Indústria, Tecnologia e Serviços, Edgar Moreira, que disse que os voos para a capital do Estado do Rio serão feitos pela Brava. O secretário afirmou que a empresa está providenciando - com o apoio da Prefeitura de Resende - a licença da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para os voos.

O voo de ida da Brava deve sair de Resende às dez horas da manhã com destino ao Rio. O mesmo avião vai pousar em Resende ao meio-dia, vindo do Rio. O detalhe é que o voo prosseguirá para Guarulhos (SP), Lajes (SC), Santa Maria (RS) e Porto Alegre (RS). Assim, os voos da Brava vão ligar Resende ao Rio e a São Paulo e à Região Sul.

Trip

Já os voos da empresa Azul/TRIP deverão mudar a rota e seguirão para o Aeroporto de Viracopos, Campinas (SP), ligando desta forma Resende para todo o país, através de outras linhas da empresa. Conforme explica a empresa, existe a possibilidade, com o novo plano de voo para Campinas, de acontecerem até mesmo duas partidas por dia, facilitando os deslocamentos rápidos, e também com a implementação dos projetos para voos noturnos para o Aeroporto Agulhas Negras.

Aeroporto

Segundo Edgar Moreira, no planejamento encaminhado à Secretaria de Aviação Civil em junho do ano passado, estão a construção de um novo terminal de passageiros; a ampliação da pista de pouso e decolagem, com o objetivo de atender as aeronaves de grande porte e a implantação da seção de combate a incêndio (SCI), além das estações de comunicação e meteorológica. Os investimentos solicitados ao Governo Federal totalizam R$ 27 milhões.

- No ano passado o município foi contemplado com a liberação de R$ 2,4 milhões, de recursos federais, para serviços de sinalização vertical e horizontal e aquisição de um veículo de combate a incêndio. As conquistas também fazem parte do plano de melhorias e adequações do Aeroporto Agulhas Negras - frisa.


Fonte: Diário do Vale

Vinho é substituído por suco em missas

Duas paróquias de Maringá (PR) e outras quatro de municípios da região passaram a utilizar suco de uva em vez de vinho nas missas. A informação foi confirmada pelo arcebispo Dom Anuar Battisti ao jornal O Diário, ontem (5).

Na prática, as 56 paróquias dos 26 municípios que compõem a Arquidiocese de Maringá já estão autorizadas a efetuarem a substituição por bebida sem álcool para evitar as implicações da nova lei seca. Um decreto deve ser assinado para orientar esse procedimento na primeira reunião do ano da Arquidiocese, prevista para o mês que vem.

Segundo Dom Anuar, a proibição de bebidas alcoólicas em festas das paróquias já foi aprovada em assembleia. "No caso da troca do vinho por suco de uva ou vinho sem álcool, as paróquias Menino Jesus de Praga e São Francisco Xavier (Maringá), Floraí (a 48 km de Maringá), Nova Esperança (a 45 km de Maringá), Paranacity (a 73 km de Maringá) e Presidente Castelo Branco (a 34 km de Maringá) já tem usado. (A autorização oficial) ainda depende de um decreto de nossa parte, e o assunto vai ser discutido em nossa primeira assembleia do ano, no dia 14 de março", disse Dom Anuar ao jornal O Diário. "Na prática, há uma orientação para que os padres usem o bom senso na quantidade, mesmo usando vinho de missa".

Quanto a dirigir depois das celebrações, o arcebispo comenta que nem sempre os padres viajam para outros municípios. "Na maioria das paróquias, há um padre. Os sacerdotes vão, por exemplo, quando são chamados para vir do interior para fazer um casamento em Maringá. Mas o matrimônio é celebrado sem missa, o que já facilita", explica. "Devemos obedecer a lei em primeiro lugar e buscar sempre o equilibro. Afinal, nenhum padre vai sair alcoolizado de uma celebração. É preciso o uso do bom senso e equilibro em todas as ações", completa o religioso.

Lei seca

A nova versão da Lei Seca foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) no último dia 21 de dezembro, sem vetos, e publicada no Diário Oficial da União daquele dia. A regulamentação da nova legislação ocorreu no último dia 29 de janeiro, e as penalidades seguem a Resolução 432 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A medida vale ao condutor flagrado com qualquer concentração de álcool no organismo.