“Grandes multidões o acompanhavam, e ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO. E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO.” - Lucas 14: 25-27
INTRODUÇÃO: Alcançar aquele nível de busca em que nada mais
importe não é opcional. É o padrão divino para todo crente em
Jesus. Às vezes somos levados a acreditar que aqueles que cumprem o padrão de
busca apaixonada são os que poderíamos classificar como crentes “especiais”,
enquanto aqueles que não cumprem o padrão seriam classificados como crentes
“normais”. Grande engano!
DESENVOVIMENTO:
CALCULANDO O CUSTO: Jesus ensinou que quem não toma a sua cruz, não
pode ser seu discípulo! Ou se toma a cruz e é um discípulo de Cristo, ou não se
toma a cruz e não é um discípulo de Cristo.
Não tem outra forma de ver isso. Como disse
François Fénelon: “Não há outra forma de
viver a vida cristã, a não ser mediante uma contínua morte para o eu”.
É importante observar também que, depois de
classificar quem é e quem não é discípulo, na sequência de seu ensino o Senhor
Jesus nos mostra que todos deveriam aprender a calcular o custo antes de se
lançar em qualquer empreitada: (Lc 14:28-33).
Cristo está mostrando, por meio desse exemplo, que
é necessário calcular quanto custa ser seu discípulo antes de nos dedicarmos a
esse projeto.
O Senhor Jesus nos mostra que, à semelhança da
edificação de uma torre, há aqueles que entram na caminhada cristã ignorando
completamente o custo necessário para chegar até o fim. Não concluem a
construção porque entraram nela completamente despreparados para o custo que os
aguarda.
A essência da mensagem tem a ver com por que
temos de fazer as contas.
A conclusão, o ponto central desse ensino de
Cristo, é que é melhor não começar do que começar sem ter condições de concluir
a empreitada! A que isso nos remete?
À semelhança daqueles que começaram a construir a
torre e não puderam concluir, temos muitos cristãos, ao longo da história e, em
especial, em nossos dias, que não completam a carreira cristã. E, assim como
foi dito na parábola, o projeto acaba se tornando alvo de zombaria.
O evangelho sofre escárnio e até descrédito por
conta da nossa ignorância do que é, de fato, ser um cristão. Muitos abraçam o
evangelho pensando apenas naquilo que podem lucrar com a sua decisão.
Infelizmente, a negligência da igreja começa a
partir da nossa própria pregação e ensino, em nossa apresentação do
cristianismo, que tem se tornado cada vez mais, focada nos benefícios que as
pessoas podem ter – em detrimento do preço que elas terão de pagar.
Preço? Você falou em preço a ser pago na vida
cristã? Eu não, quem falou foi Jesus! O conflito que esse conceito gera se
deriva de uma visão incompleta dos princípios bíblicos.
Ultimamente muita gente tem afirmado que “quem
entende a graça sabe que não há lugar para esforço na vida cristã”.
Quando chegamos a Cristo, recebemos uma salvação
que é pela fé, e não por obras (Ef 2:8-9). Não há mérito algum em nós e nada
que possamos fazer que nos qualifique a receber a salvação como se ela fosse
algum tipo de recompensa.
Porém, uma coisa é dizer que nossos esforços não nos
fazem merecedores – o que é fato – e outra coisa é dizer que eles não são
necessários e que não podem, em hipótese alguma, interagir com a graça. O
próprio Cristo afirmou: Lc 13:24. Se não há necessidade de esforço, por que
Jesus exigiria isso de nós? A graça não é uma obra unilateral da parte de Deus.
O acesso à graça é por meio da fé (Rm 5:2). Se eu não crer, não acesso os
depósitos da graça. Portanto, a graça não apenas age em nossa vida; ela reage
ao nosso comportamento de fé. E essa fé não apenas se expressa somente por meio
de palavras (Rm 10:9-10), mas também por meio de obras (Tg 2:17-18).
As recomendações bíblicas sobre diligência,
dedicação e esforço são abundantes no Novo Testamento. Embora elas não nos
façam merecedores de Deus ou de seu reino, não significa, em absoluto, que não
mereçam nossa diligência, dedicação e esforço. (Significado de diligência: “cuidado
ou atenção redobrada; solicitude; zelo; agilidade; prontidão, etc.”).
Observe a instrução do apóstolo Pedro: 2 Pe 1:10. A
direção é clara e específica, reunir toda a diligência. Não parte dela, mas ela
toda! E depois de empregarmos o que já temos, ainda precisamos crescer para
aquele nível de dedicação que ainda não temos, ou seja, uma diligência cada vez
maior.
CONCLUSÃO: Precisamos
notificar as pessoas à respeito do custo antes mesmo de elas começarem a
caminhada cristã. Nossa geração tem recebido um “evangelho transgênico” que
apresenta muito bem os direitos do homem na aliança com Deus, mas se recusa a
apresentar os deveres do homem no relacionamento com o Senhor.
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