“É necessário que estejamos dispostos a pagar qualquer preço; não importa quanto custa; qualquer preço vale seu sorriso e sua presença.” – Smith Wigglesworth
INTRODUÇÃO: Por que Deus estaria tão interessado em que nós o coloquemos em
primeiro lugar? Por que Ele tem que ser o mais importante, a ponto de todas as
outras coisas perderem a importância? Jesus classificou como o maior mandamento
o que está descrito em Mc 12:30. Não se trata apenas de amá-lo, como já vimos,
trata-se de amá-lo com amor total. Parece ser uma exigência e
tanto, não é mesmo? Vemos também em Mt 6:31-33 outra ordem de Jesus sobre dar
prioridade ao reino de Deus. Essa idéia do lugar de importância acerca de Deus
e do seu reino, pode ser assustadora se não tivermos o entendimento correto.
DESENVOLVIMENTO:
1.
DEUS NÃO PRECISA DISSO: Precisamos
entender que esse lugar que o Pai celeste quer ocupar em nossa vida não é uma
necessidade dEle. É algo que nós é que temos a necessidade. É para o nosso próprio
bem! Luciano Subirá relatou: “Criei dos filhos que
atravessaram a fase da adolescência sem grandes dificuldades. Mas eu sabia, os
desafios e contrariedades à fé e aos valores bíblicos que eles enfrentariam,
especialmente na escola. Sempre tentei levá-los a confiar em mim e na minha
esposa e mãe deles. Tentei mostrar-lhes, desde bem cedo, que os pais “sempre”
tem razão. Por quê? Certamente não era pelo fato de nós, os pais, termos
algum problema de autoimagem. Mas queríamos isso para o bem deles mesmos, para
que as outras vozes e conselhos (dos amigos e dos não tão amigos), não
concorressem com aquela voz de instrução paternal que os guardaria e
protegeria.” Se isso vale para nós, os pais terrenos, que Jesus classificou
como maus (Mt 7:11), o que dizer do Pai celeste, que é perfeito (Mt 5:48)?
É necessário
entender que Deus não é carente, não tem problemas de autoestima, não sofre de
um ego inchado ou cheio de necessidades. Ele é completo e absoluto em si mesmo!
Um dos nomes
com os quais Ele se revela nas Escrituras é El-Shaddai.
Estudiosos
acreditam que esse nome remete não só ao significado de “Todo-Poderoso”, mas
que também engloba a idéia de o “Deus que é mais do que suficiente”.
O Senhor não
necessita do nosso amor e atenção, não necessita que o coloquemos em primeiro
lugar em nossa vida, tampouco precisa da nossa adoração ou obediência.
Quem precisa
dEle nesse lugar de distinção somos nós.
Jesus nos
advertiu de que poderia haver outros senhores disputando o senhorio divino em
nosso coração (Mt 6:24).
O que acontece
com Deus se Ele deixar de ser nosso Senhor e as riquezas dominarem nosso
coração? Nada de mais!
Certamente Ele
sentirá nossa falta, mas nossa escolha equivocada não muda a sua grandeza.
E o que nós
perdemos se Ele deixar de ser nosso Senhor e as riquezas se assenhorarem de
nós? Tudo! Porque não haverá glória ou futuro algum em Deus!
Vejamos o que
as Escrituras revelam em 1 Tm 6:9-10; Mc 4:7, 14, 18-19 e Cl 3:5.
Os versículos
citados nos mostram o porquê da incompatibilidade entre dois senhores. Se o
dinheiro dominar nosso coração a Palavra será sufocada.
2.
UM DEUS ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA: O Deus
perfeito e incorruptível, que não tem necessidade de coisa alguma, só tem um
motivo para desejar esse lugar: Guardar o nosso coração de outros
senhores que destruirão nossa vida! Portanto, não estamos falando de
controle, e sim de proteção. A fé se apoia no caráter de Deus. Paulo declarou:
“porque eu sei EM QUEM tenho crido” (2 Tm 1:12). Observe que o apóstolo
não disse EM QUE tenho crido, e sim EM QUEM. A fé entende que Deus é alguém
digno de confiança.
Um pequeno
vislumbre do que esperar de alguém com motivações perfeitas pode ser visto numa
declaração de Jesus. O evangelho de Marcos nos relata que Tiago e João queriam
que, depois que Cristo se assentasse no trono da sua glória, eles tivessem o
privilégio de se sentarem um à sua direita e outro à sua esquerda. Era mais ou
menos como um pedido para serem “Ministro da Fazenda” e “Ministro do
Planejamento”, ou algo do gênero. Qual a reação que isso gerou? A Bíblia diz: “Ouvindo
isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João” (Mc 10:41). E por que se
indignaram? Obviamente porque cada um deles também queria o mesmo lugar! Isso
revela o tipo de motivações que temos. Mas o que dizer das do Senhor Jesus?
Observe a declaração dele e conclua você mesmo: Marcos 10:42-45.
CONCLUSÃO: Não podemos
olhar para Deus com o filtro de nossas limitações e motivações erradas. Ele é
perfeito (Mt 5:48). Ele nunca falha. Ele nunca erra. Ele é o Deus que não pode
mentir (Tt 1:2). Ele é fiel (2 Ts 3:3).
Como disse
Paulo: Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! (Rm
9:14).
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