domingo, 15 de outubro de 2023

22 A 28.10.2023 - A RECIPROCIDADE DE DEUS (PARTE 1)

“Se você possui alguma coisa que Deus não pode ter, você nunca terá um avivamento.” - A.W. Tozer

 

INTRODUÇÃO:

Vimos a idéia de que dar a Deus o primeiro lugar é um princípio que protege o nosso coração, que nos leva a cumprir o propósito dessa busca apaixonada.

Agora veremos a consequência do cumprimento desse propósito.

O propósito é que Deus tenha tudo de nós. A consequência é que tenhamos tudo dEle.

Tem uma frase de Valnice Milhomens em que ela afirmou: “Você nunca terá tudo de Deus enquanto Deus não tiver tudo de você”.

 

DESENVOLVIMENTO:

A LEI DA RECIPROCIDADE: Antes de detalhar a lei da reciprocidade na Bíblia, quero começar pela definição da palavra “reciprocidade”, que significa “o ato de ser recíproco”.

Por outro lado, a definição de recíproco é “o que se dá ou faz em recompensa de coisa equivalente; mútuo”.

Com isso em mente, observe o que Tiago declarou: “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós outros...” Tg 4:8.

O que a Palavra de Deus nos revela nesse texto? A mensagem é clara: A ação divina é equivalente à humana.

A aproximação é mútua e proporcional. Isso é reciprocidade.

E podemos, diante disso, afirmar que o Senhor se move dentro dessa lei da reciprocidade.

Iremos ver pelas Escrituras, que a lei da reciprocidade afeta a intensidade do meu relacionamento com Deus e a dimensão das minhas conquistas nEle, ainda que não afete o seu plano e propósito para minha vida.

A verdade é que nossa atitude para com Deus é que determina como Deus, em contrapartida, irá nos tratar.

Observe a declaração divina: (1 Sm 2:30).

Quem decide se vai receber de Deus honra ou desprezo é o próprio homem, e não Deus.

Quando entendemos que dar honra ao Senhor significa receber honra de volta, e que desprezar ao Senhor significa ser desprezado de volta, entendemos que a escolha do tratamento a ser dado a Deus é nossa.

Nos dias do rei Asa, Deus enviou Azarias para anunciar a lei da reciprocidade ao reino de Judá: (2 Cr 15:1-2). A mutualidade foi claramente definida. Por quanto tempo Deus estaria com aquele povo? A escolha não era definida por Ele, e sim pelo próprio povo.

Observemos, portanto, a advertência divina, por meio de Moisés, destacando os castigos da desobediência dos israelitas a Deus: (Lv 26:23-24).

Vale ressaltar que a reciprocidade, em si mesma, não é boa nem ruim. É simplesmente uma contrapartida das nossas ações.

Se minha atitude para com Deus for negativa, então a consequência será igualmente negativa.

Se minha atitude para com Deus for positiva, então a consequência será igualmente positiva. Isso é fato incontestável!

Observe o que o Senhor disse ao rei Asa: (2 Cr 16:7-9). O rei de Judá estava diante de uma guerra a ser travada. Ele poderia ter experimentado uma grande intervenção divina, como já havia desfrutado no passado; bastava apenas que seu coração fosse totalmente do Senhor – pois, quando nos entregamos totalmente em confiança, podemos ver Deus “se entregando” totalmente em intervenções sobrenaturais. Porém a advertência divina foi que, diferentemente do ocorrido anteriormente, agora já não haveria intervenção celestial. O procedimento de Asa foi classificado: procedeste loucamente.

Dizer que a derrota foi determinada por Deus seria um grande equívoco. Asa só foi informado das consequências da sua própria atitude.

Passemos a outro texto bíblico que mostra que nossa atitude é que determina qual a revelação de Deus que teremos. (Sl 18:25-26).

Na Nova Versão Internacional – NVI, a expressão te mostras foi traduzida por te revelas. Isto é reciprocidade: com o benigno, benigno te mostras. A quem Deus irá revelar sua benignidade? A quem escolheu andar em benignidade! A quem Deus irá revelar sua integridade? A quem escolheu andar em integridade! A quem Deus irá revelar sua pureza? A quem escolheu andar em pureza! Porém, observe que ao perverso Deus se mostrará inflexível. Outra versão diz contrário. Mas porque Deus revelaria algo bom a uma pessoa e resistiria a outra? Discorreremos sobre esse assunto na próxima semana.

 

CONCLUSÃO:

Em sua obra “A vida crucificada: como viver uma experiência cristã mais profunda”, citada anteriormente, A. W. Tozer afirma: “Se você possui alguma coisa que Deus não pode ter, você nunca terá um avivamento”.

Como imaginar que podemos ter mais dEle, sem que Ele tenha mais de nós?

Isso fere não somente a lei da reciprocidade, como também nos impede de agradar a Deus.

Nenhum comentário: