"Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas" (...) "Se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado" Tiago 2.1,9
Você se considera uma pessoa justa? Você se opõe à discriminação (acepção de pessoas)? É possível que a maioria das pessoas goste de pensar a respeito de si mesma como imparcial e justa. A verdade, porém, é que não somos imparciais e justos como pensamos.
Temos preferências, temos "zonas de conforto" para interagir com outras pessoas. Temos mais facilidade de ter comunhão com pessoas "do nosso próprio círculo" do que com as de fora. Mas será que isso reflete a vontade de Deus para nós? E mais ainda: como podemos reagir a essa tendência?
É óbvio que Tiago, ao escrever à Igreja na dispersão, percebe a tendência à discriminação, mesmo no meio dos cristãos. Para ele, a discriminação é um elemento impeditivo para a maturidade cristã.
No primeiro capítulo de sua carta, Tiago vinha falando sobre a "religião pura". Agora ele parece afirmar que, além de visitar os órfãos e a viúvas, e de "guardar-se incontaminado do mundo", o/a cristão/ã deveria também resistir a toda forma de discriminação ou de acepção de pessoas.
Apresentamos-lhe essa Carta Pastoral, orando para que aceitemos, como igreja, o desafio de remover de nossos relacionamentos toda sombra de parcialidade, de discriminação e de acepção de pessoas, particularmente, o racismo. Assim, manifestaremos o Reino de Deus nos nossos relacionamentos.
São Paulo, 10 de outubro de 2010.
BISPO JOÃO CARLOS LOPES
PRESIDENTE DO COLÉGIO EPISCOPAL
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