terça-feira, 1 de novembro de 2011

BIOGRAFIA DO BISPO ADOLFO EVARISTO DE SOUZA


Bispo Adolfo Evaristo de Souza nasceu em 11 de fevereiro de 1944 na cidade de Rinópolis, interior de São Paulo. Faleceu na tarde de domingo, 30 de outubro, após ter presidido mais um Concílio Regional na Região Missionária na Amazônia (Rema), aos 67 anos, vítima de infarte. Teve duas paradas cardíacas, uma em Ouro Preto do Oeste e a outra em Jí-Paraná, ambas cidades em Rondônia. Os médicos tentaram por 35 minutos reanimá-lo, mas o Senhor o chamara para a glória celestial.

O Bispo Adolfo relata em seu livro, "Fé no Caminho de uma Vida", (publicado este ano), que resolveu santificar o próprio nome. "Nasci em 1944, ano da II Grande Guerra Mundial, onde o grande líder foi um sanguinário de nome Adolf Hitler. Na juventude resolvi santificar meu nome, pois não sabia a razão do meu pai ter me batizado como Adolfo", diz afirmando ainda que o desejo maior era de promover a vida ao invés da morte. "Não queria ter sobre mim o peso da morte e por isto orei ao Senhor para que fizesse de mim um promotor da vida" (p. 19).

Filho de uma família pobre, os pais Izidoro Evaristo de Souza e a Maria Guilhermina Pereira de Souza, se mudaram para a capital paulista na década de 40 em busca de recursos para sustentar as dez pessoas da família.
Metodista desde criança, os caminhos ensinados pelos pais ficaram na memória como é registrado no livro. “Dos ensinos recebidos na Escola Dominical, ficaram bem na memória a Oração do Pai Nosso e, esta oração teve um impacto muito grande na minha vida”, relata.

Morou em Vila Bela, na Rua da Eras nº 13, contígua Rua Ibitirama, e vivia na rua com as outras crianças. Um dia ele resolveu pegar umas moedas do cofre do pai. “Numa madrugada estando só, peguei o cofrinho e comecei a puxar moedas, quando ouvi uma voz: ‘não pega’”. Achando que estava sendo observado por alguém, ele abre a janela e depois a porta. “Morávamos num cortiço e nada, ninguém me espiava. Voltei ao serviço da captura das moedas e ouvi novamente: ‘não pega’”, de imediato o pequeno Adolfo entendeu que Deus estava exortando-o, mas como criança sem dono, deu uma resposta inusitada à voz misteriosa. “Depois de alguns dias as trago de volta” (p.21).

O garoto travesso, 15 dias depois volta aprontar. “Tomei uma xícara de café, derramei querosene e risquei o fósforo e quando as chamas começaram a baixar, tomei o garrafão derramando mais líquido”, segundo ele, o que gerou uma grande explosão e sua avó ficou de joelhos orando para que não houvesse nenhuma queimadura. A partir dessa experiência de criança com seis ou sete anos como relata, tudo que acontecera doravante era compartilhado com Deus.

O garoto cresce e conclui o “Ginasial” em 1965 no Colégio Estadual José Bonifácio de Carvalho, em São Caetano do Sul, SP. Sentiu Deus chamá-lo para a Seara no ano seguinte. O Rev. Durval de Oliveira fez sua recomendação à Faculdade de Teologia com a aprovação do Concílio Local da Igreja Metodista em São Caetano.
Em 1967 é matriculado no Curso Básico da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista – FATEO, à “Casa dos Profetas” como relata. A Fateo vivia algumas tensões próprias de um mundo em transformações sociais. A turma de 1967 convidou como paraninfo Dom Helder Câmara, o que provocou um desagrado em grande parte dos metodistas. Os contratempos fizeram com que os alunos entrassem em greve.

Casado com Dona Aurelita em setembro de 1968, cerimônia realizada pelo Rev. Dorival Rodrigues Beulke, teve dois filhos: Arnaldo Luiz e Ana Cristina. Em oração, recebe a confirmação de Deus que voltaria aos estudos teológicos no ano seguinte. Adolfo Evaristo de Souza era um dos nomes confirmados no Concílio Regional da Terceira Região Eclesiástica para efetivar a matrícula em janeiro de 1969.

Formou-se no ano seguinte recebendo a primeira nomeação para Jardim Vila Galvão, em Guarulhos, SP. Depois de formado percorreu os caminhos da etinerância pastoral passando por Suzano, Sorocaba, Santo André, Central de São Paulo. Também esteve em missões no Nordeste: Recife, Jaboatão dos Guararapes, PE, João Pessoa, PB e Campina Grande, PB.

Em 1997, o 16º Concílio Geral realizado em Piracicaba, SP, elege e envia-o para presidir como Bispo a Terceira Região Eclesiástica da Igreja Metodista. Seu episcopado é marcado por um projeto missionário com ênfase na santificação. Seu ritmo de deslocamento é bastante intenso, tendo rodado cerca de 90 mil quilômetros em um ano.

Foi reeleito Bispo no 19º Concílio Geral em Brasília, DF, para dar continuidade à missão na Rema, mas o Senhor o tomou para si. Como ele mesmo afirma no prefácio do livro ele sempre se dispôs a ir onde Deus o enviasse.

“Não programei a vida, a fé é que me programou, e um dos textos bíblicos que mais se identifica comigo está em João 3.8: ‘O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Ao Senhor Jesus, a honra, a glória e o louvor sempre.”

Segura na mão de Deus e vai...

Pr. José Geraldo Magalhães Jr.

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