segunda-feira, 3 de maio de 2010

UM TESOURO CHAMADO "FAMÍLIA"

Certo dia, o dono de um pequeno comércio abordou na rua seu amigo, o poeta Olavo Bilac:



- Sr. Bilac, estou precisando vender meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que poderia redigir para mim um anúncio para o jornal ?



Olavo Bilac apanhou lápis e papel, e escreveu:

"Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortado por cristalinas e plácidas águas de um lindo ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes nas varandas."

Alguns meses depois, o poeta encontrou-se com o comerciante e perguntou se ele já havia vendido o sítio:

- Nem pensei mais nisso - disse o homem. - Depois que li o anúncio é que percebi a maravilha, o tesouro que tinha.!

Às vezes, não percebemos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros. E, não damos o devido valor ao maior dos tesouros que temos nesta vida - a nossa família. 

Quantas vezes temos renegados o valor de estarmos juntos com nossa família e o resultado é desastroso.

Como Pastor, tive a oportunidade de fazer mais de cem casamentos. Confesso que todas as vezes que presido a cerimônia de um casamento, o momento que mais toca o meu coração é a hora que o pai leva a moça ao altar e no meio do caminho a entrega ao futuro esposo.

Geralmente os pais ficam perdidos nesta hora. Por mais que haja ensaio, o momento é tão complexo que alguns não sabem o que fazer. Alguns ficam imobilizados, outros tentam voltar, outros quase atropelam o casal em direção ao altar... Se você ainda não reparou, pode reparar.

Fico pensando quando aquele pai chega em casa e encontra o quartinho e a caminha da filha vazia... 

É um momento de conquista, mas não deixa de ser um momento de perda.

Se o pai foi um pai ausente, este momento será muito triste.

Se foi um pai presente, a dor da ausência, da síndrome do ninho vazio, será mais facilmente superada.

Outra coisa que tenho testemunhado com freqüência, infelizmente, é o caso de perda do cônjuge por morte. Muitos tem lamentado ter perdido tanto tempo sem dizer que "a amava", que "o amava". Agora não tem mais jeito.

Que tenhamos isto em mente e no coração - Nossa família é nossa maior riqueza! E o tempo de curtirmos nosso cônjuge, nossos filhos e netos é agora.

Façamos isso!

Pr. Ednaldo Breves

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