TEXTO: João 15:5 - Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
“Quem não faz da oração um importante fator em sua vida, é fraco na
obra de Deus e impotente para projetar a causa de Deus ao mundo.” – E.M.BOUNDS
INTRODUÇÃO:
Super-herói espiritual não existe, pois todos nos cansamos; temos
limites.
A razão pela qual o Senhor instituiu o descanso é que precisamos dele.
Embora inicialmente apresentemos relativa dificuldade para aceitar, o
tempo e a experiência nos mostram que este é um fato: a cada um de nós
sobrevirá aquele momento de desgaste, principalmente após as batalhas e
ministrações à outras pessoas.
Mesmo quando ministramos no poder do Espírito, nos cansamos.
Não sentimos isso enquanto estamos sob a unção, mas, quando ela se
vai, é aí que percebemos quão limitados somos.
DESENVOLVIMENTO:
§
O DESGASTE DA BATALHA: A Bíblia fala acerca de como Elias, depois de
sair de um dos mais espetaculares cenários de avivamento, quando viu descer
fogo do céu sobre o sacrifício e a nação cair de joelhos gritando “Só o Senhor
é Deus”, fugiu de Jezabel e escondeu-se numa caverna, pediu para si a morte. O
que houve com o profeta? Ele vivenciou o que classifico como “ressaca
ministerial”. Embora a primeira ideia sobre ressaca seja a de alguém que está
sofrendo do abuso do álcool, há outros conceitos englobados nessa palavra, onde
encontramos uma consequência de algum tipo de exagero ocorrido. Há um exemplo
nas Escrituras que se enquadra perfeitamente nesse contexto do desgaste da
batalha, da ressaca ministerial. É o caso de Sansão (Jz 15: 14-17). É
importante lembrar que Sansão não possuía nenhuma força descomunal, a não ser
quando o Espírito de Deus se apossava dele; salvo essas ocasiões, era um homem
normal. Depois de ter sido usado poderosamente pelo Senhor, a unção se retirou
dele, mas deixou um saldo de grande desgaste. Ou seja, aquela força que havia
se manifestado não era dele, mas o corpo, sim; portanto, quando a força se foi,
restou o cansaço. Seria muita ingenuidade de nossa parte supor que jamais
poderíamos experimentar o mesmo. Muitas vezes, depois de vencermos o inimigo
externo, descobrimos que não podemos lidar com a nossa própria limitação! (Jz
15: 18-19). O corpo de Sansão quase sucumbiu, pois o esforço de matar (e
empilhar e contar) aqueles mil homens foi muito grande. A Bíblia diz que o
desgaste foi tamanho que ele quase morreu de sede. Existem dois níveis de
unção: a externa e a interna. A unção
externa é aquela em que o Espírito Santo vem sobre nós; esse tipo de unção
nos leva a fazer alguma coisa para Deus. A unção interna é aquela em que
o Espírito Santo flui em nós, do lado de dentro; esse tipo de unção está
relacionado com o que Deus faz por nós.
§
A FONTE DO QUE CLAMA: A fonte que Deus abriu ganhou um nome: En-Hacore,
que significa “a fonte do que clama”, pois foi em oração que Sansão a
alcançou. Deus não abriu a fonte para Sansão apenas porque ele necessitava
disso. Esse juiz de Israel estava a ponto de morrer de sede, mas não foi sua
necessidade que gerou a intervenção divina. Foi o seu clamor! Semelhantemente,
cada um de nós também precisa dessa fonte, que só pode ser experimentada
mediante a oração. Somente essa fonte pode nos proporcionar refrigério e
descanso quando nos encontramos cansados da batalha. E o que essa fonte
simboliza? Um dos símbolos do Espírito Santo, na Bíblia, é o de uma fonte: (Jo
7: 37-39). Jesus falou sobre um saciar da sede bebendo de um rio que jorra do íntimo
de cada um de nós. A Bíblia diz que a água flui do nosso interior; e eu
pergunto: por onde jorra? Por nossos lábios, quando oramos! Oração não é
algo opcional. É uma questão de sobrevivência! Então por que a maioria de nós
não parece levar a sério a vida de oração? Apenas saber que orar é importante,
necessário, fundamental, não resolverá o problema gerado por nossa omissão.
Acredito que isso só tem um remédio: a paixão pelo Senhor. A fascinação por sua
presença, a realização que encontramos somente nos encontros com ele, deveria
ser o nosso combustível para correr à fonte todos os dias.
CONCLUSÃO:
Nada deve nos afastar de nossa fonte!
O nosso relacionamento diário com Deus determina não só o sucesso,
como a sobrevivência do nosso ministério, portanto ele jamais deve ser
negligenciado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário