segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

03.03 A 09.03.2024 - VIVENDO DE APARÊNCIA

TEXTO: Mateus 15:7-9

⁷ Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:

⁸ Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.

⁹ E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. 

 

 “O crescimento espiritual consiste mais no crescimento da raiz que está fora do alcance da visão.” – Matthew Henry

 

INTRODUÇÃO:

A religiosidade, que defino como a valorização da forma, da aparência, tem, em nome do zelo, roubado a essência da relação com Deus, que deveria ser honesta e sincera.

O formalismo frio de um culto sem coração desagrada profundamente a Deus.

Essa verdade nos é claramente apresentada pelo próprio Senhor Jesus, ao citar, e aplicar para os seus dias, a profecia de Isaías: (Mc 7: 6-9).

 

DESENVOLVIMENTO:

Cristo denunciou uma atitude dos religiosos de sua época que consistia em manter uma aparência de devoção sem que ela, de fato, existisse no coração.

Ele condenou o culto exterior que é desprovido do transbordar de uma paixão interior.

É evidente, na afirmação do mestre, que o anseio divino pelo coração do homem se aproximando dele é o mais importante.

Vejamos o protesto divino: Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.

O culto de lábios é mais do que aceito; é esperado. Desde que seja um transbordar de um coração inclinado ao Senhor.

O Pai Celeste espera que ofereçamos sempre, ininterruptamente, esse culto verbal: (Hb 13:15).

O problema não está nos lábios que adoram a Deus, e sim quando isso deixa de ser um transbordar do coração.

Jesus disse que a boca fala do que está cheio o coração (Mt 12.34).

Mas, nessa adoração que o profeta Isaías classificou como inútil, a boca está fazendo um esforço para declarar aquilo que o coração não está dizendo. Trata-se de mera encenação!

 

UM PROBLEMA ANTIGO:

Muita gente aprende a reproduzir um comportamento de piedade que é puro teatro. Deus não quer essa encenação;

Ele quer nosso coração! A atitude errada de viver tentando manter a aparência tem roubado o ser humano do melhor de Deus. E não é de hoje.

A humanidade tem a tendência de maquiar e esconder os pecados, bem como fingir espiritualidade, desde o início da sua existência.

Foi o que Adão e Eva fizeram ao pecar: (Gn 3: 7-10).

Ao perceber sua condição de nudez, o primeiro casal teve, como imediata reação, a tentativa de cobrir-se com folhas de figueira e depois de esconder-se.

Antes de focarem no conserto a ser feito com Deus, Adão e Eva se mostraram primeiramente preocupados com a sua própria imagem. A questão da aparência tem sido um problema desde o início da humanidade.

E há profecias bíblicas de que isso continuará até o fim: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo APARÊNCIA DE PIEDADE, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes.” (2Tm 3.1-5, NVI).

As Escrituras afirmam que nos últimos dias os homens terão aparência de piedade, mas negarão o seu poder (a sua essência).

A deterioração humana será enorme! Ainda que esses homens não se classifiquem como amigos de Deus, eles tentarão manter a aparência de piedade.

A vida deles será totalmente contraditória à Palavra de Deus (penso que negar o poder divino é, basicamente, negar a transformação), mas ainda tentarão preservar a aparência de piedade. Isso é trágico!

Às vezes trocamos a busca pela aparência dela; substituímos o desejo sincero da presença de Deus por uma busca fundada somente na aparência, que só tem a única motivação de levar as pessoas a criarem uma imagem melhor de nós e de nossa espiritualidade.

Muitas vezes, parece que o que queremos mais é impressionar as pessoas, em vez de nos dedicar a alcançar o coração de Deus. Essa é a razão pela qual Jesus confrontou tanto esse estilo de vida aparente.

 

CONCLUSÃO:

Hoje o Espírito Santo nos diz: “Eu não quero apenas que você me busque. Eu desejo que você queira me buscar.”

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