sexta-feira, 15 de abril de 2011

ONDE ESTÁVAMOS NA HORA DA TRAGÉDIA?

Pior que a ação dos maus é a omissão dos bons. (desconhecido)

“Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”. Tiago 4:17

Reflexão sobre o questionamento: Onde Deus estava na hora da tragédia?

Sem querer apresentar-me como advogado de Deus, já que Ele não necessita disso, gostaria de refletir um pouco sobre a tragédia ocorrida no último dia 07 de abril, na escola municipal Tasso da Silveira, na Rua General Bernardino de Matos, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O caminho mais fácil neste momento é culpar Deus e o diabo pelo ocorrido.

O caminho mais difícil, porém, é reconhecer que estamos pagando um preço muito caro, enquanto sociedade, por vivermos em função exclusiva de nossos próprios interesses e, como Igreja, por perdermos o foco principal do nosso chamado: “Ide e fazei discípulos...” (Mateus 28:18 a 20)

Sei que o assunto é complexo, mas queria refletir um pouco sobre o papel da Igreja em nossa sociedade.

Penso que, diante de tantos desvirtuamentos teológicos, teologias prá todos os gostos, a Igreja tem esquecido do básico: Ir ao encontro dos excluídos, dos marginalizado, dos muitos “Wellington Menezes de Oliveira” que estão por aí.

Ah! Se no caminho deste jovem, quando adolescente, quando era vítima de bullyng, tivesse um adolescente cheio do Espírito Santo e ousadia, para dizer-lhe: Você tem valor prá Deus! Vamos a nossa Igreja?

Ah! Se no caminho deste jovem, tivesse uma Igreja calorosa, receptiva, acolhedora, que abraça, sem medo da gripe suína, que inclui... Talvez a história fosse outra.

Mas estamos vivendo o momento da pós modernidade, onde a Igreja é desafiada a contextualizar.

Contextualizar sim! Secularizar não! Devemos fugir da filosofia do “nada haver” cada vez mais forte nas Igrejas e retornar a santidade bíblica.

"A autêntica experiência de salvação é transformadora. Ou impacta a orientação total da vida ou não é autêntica." (João Wesley)

É terrível constatar que:

“O MAL QUE FAZEMOS, OU O BEM QUE DEIXAMOS DE FAZER, VAI VOLTAR EM FORMA DE TRAGÉDIA PARA NÓS E NOSSOS DESCENDENTES.”

Aquele evangelismo que não tivemos coragem de fazer;
Aquele culto ao ar livre, tão fora de moda;
Aquele folheto evangelístico entregue corpo a corpo;
Aquele convite para uma reunião de grupo pequeno, culto no lar, escola dominical ou culto público;
Aquele telefonema, aquele e-mail convidando os amigos para um encontro de casais na Igreja....

Mal sabemos que aquele jovem que poderia ser salvo através de nossa ação em atender ao IDE de Jesus, agora ASSUSTA o mundo inteiro com seu acesso de loucura e insensatez.

Omissão de Deus? NÃO!
Omissão nossa, como Igreja, como indivíduos, como sociedade!

É o preço que pagamos por distanciarmos tanto do evangelho simples de cruz, santidade, compromisso, testemunho e salvação.

Pr. Ednaldo Breves

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