sábado, 19 de julho de 2008

MÚSICOS - UMA AUDIÇÃO SEMPRE EM PERIGO

Falta de cuidados entre músicos aumenta perda do sentido induzida pelo barulho excessivo. Ouvir música alta é uma constante no dia-a-dia de adolescentes. E muito se fala dos problemas que este (mal) hábito pode causar aos ouvidos destes jovens.

Agora, para quem vive da música, a situação é um pouco mais complicada. Um estudo realizado na Finlândia mostrou que um número considerável de músicos clássicos sofre de perda auditiva, tinnitus (zumbido) e/ou hyperacusis (hipersensibilidade sonora), males que podem afetar não só a vida pessoal, como também a própria carreira profissional.

Mas como se proteger destes males, se o som alto da música não pode ser reduzido?

No Brasil, muitos cantores e músicos, sejam eles ligados à música clássica ou não, vêm procurando alguns especialistas preocupados com a possível ou já existente perda auditiva.

“Temos recebido em nossas lojas muitas pessoas que trabalham com música, que já possuem perda auditiva ou que procuram alguma solução para prevenir um possível dano”, conta a fonoaudióloga do Centro Auditivo Telex, Isabela Gomes. Se o som não pode ser
abaixado, a proteção auricular deve ser obrigatória, bem como a realização de testes auditivos regulares.

A fonoaudióloga explica: “Os protetores, atenuadores ou tampões, como são chamados, reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o som ambiente”. Eles são feitos em acrílico e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa.

Menos de um em cada quatro músicos do estudo finlandês usa protetores auriculares. Dos músicos pesquisados, 15% sofrem de tinnitus permanente e 41% de tinnitus temporário. Além disso, pelo menos 43% dos músicos clássicos daquele grupo sofrem de hyperacusis, uma hipersensibilidade a níveis normais de som, de intensidade fraca ou moderada, independente do ambiente ou da situação em que ele ocorrer.
FONTE: http://www.metromagazine.com.br/envio/temp/16-07-2008

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