Muitas vezes repetimos expressões ensinadas por nossos antepassados, sem termos a curiosidade pesquisarmos, ou mesmo de analisarmos profundamente o sentido real do que estamos falando!
Quando alguém faz alguma coisa boa ou dá um presente para uma pessoa, geralmente, a pessoa que recebe o gesto de bondade ou o presente diz: Muito Obrigado! Ou simplesmente: Obrigado!
A origem do agradecimento é obscura, mas houve um tempo em que, quando alguém recebia um favor ou um presente, era obrigatório retribuir.
Assim surgiu o “obrigado” – e, mais tarde, sua variação no feminino.
Ele vem do verbo em latim obligare, que significa “responsabilizar”, “dever”.
Por isso, quando alguém nos agradece, é como nos dissesse: “Fico te devendo uma obrigação”.
Por educação, quem presta um favor ou dá um presente responde: “De nada!”, que significa “de modo nenhum” e vem do latim rem natam.
Aqui no Brasil, o regionalismo acabou dando origem a novas formas de dizer o mesmo, como “imagina”, “não há de quê” e outras mais informais e recentes, como “falou” e “valeu”.
Independentemente de modo que optamos responder, quando dizemos: “De nada!”, “imagina!”, “não há de quê!”, “falou!” ou “valeu”, estamos dizendo, na realidade: “de modo nenhum você é meu devedor”, “você não me deve nada”.
O grande problema nesta história toda é que, nem sempre quando falamos: "De nada!", estamos falando a verdade, pois sempre esperamos reconhecimento e recompensa da pessoa que foi beneficiada pelos nossos favores ou presentes.
Fica a dica de reflexão!
FONTE: Dicionário Etimológico Nova Fronteira, de A.G. Cunha
Um comentário:
Muito interessante 👏👏👏
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