Billy Graham, o “pastor da América”, um padre evangélico
norte-americano que foi conselheiro de uma dezena de presidentes dos Estados
Unidos e pregou a literalidade da palavra da Bíblia, a 200 milhões de pessoas
em 185 países, de viva voz, e a muitas mais pela rádio, televisão e Internet,
morreu aos 99 anos, na sua casa, na Caralina do Norte.
Ao longo da sua carreira
de mais de 70 anos foi ouvido por políticos tão variados como Al Gore e Sarah
Palin. Tornou-se o capelão "de facto" da Casa Branca para vários
Presidentes - sobretudo para Richard Nixon. Levou a mensagem de que "só
Jesus Cristo podia resolver os problemas do mundo" desde a sua Carolina do
Norte até à Coreia do Norte.
Desde 1955, apareceu na
lista de Gallup dos homens mais admirados pelos norte-americanos mais de 60
vezes, diz a NBC – basicamente, desde que esta questão começou a ser feita.
"Foi provavelmente o
líder religioso mais importante do seu tempo", comentou à Reuters William
Martin, autor da biografia A Prophet
With Honor: The Billy Graham Story. "Não terá havido mais
do que um dois Papas, ou talvez uma ou duas outras pessoas, que se tenham
aproximado do que ele conseguiu."
Encheu estádios, em
eventos aos quais chamou “cruzadas”, recorda o New York Times, e espalhou a sua influência através de “convicção
religiosa, presença de palco e perspicaz uso dos meios e tecnologias de
comunicação”, diz o jornal.
Encorajou os evangélicos a
reconquistar influência social face aos católicos e protestantes, invertendo a
tendência de recuo que se iniciou após o célebre julgamento Scopes, em 1925, em
que radicais religiosos tentaram desafiar a teoria da Evolução através da
Selecção Natural de Charles Darwin, e impedi-la de ser ensinada.
No entanto, nos últimos
anos Graham afastou-se do movimento político evangélico que ajudou a criar e
evitou os temas polêmicos caros aos conservadores religiosos.
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