terça-feira, 29 de julho de 2014

UMA GUERRA NUNCA É SANTA!

Ricardo Lengruber Lobosco
 O conflito entre israelenses e palestinos tem raízes bem antigas. Entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do século XX, uma migração em massa de judeus de vários países para a Palestina provocou uma mudança na demografia local. Majoritariamente árabe, a região - que até 1917 pertencia ao Império Otomano e depois, até 1948, foi um protetorado britânico - passou a ter uma população judaica cada vez maior.
Em 1947, a ONU pôs em prática um plano de divisão do território em duas partes: uma para os judeus e outra para os árabes. A insatisfação em torno do mapa definido pela ONU gerou uma guerra civil entre os dois povos.
Um dos principais pontos de discordância era a existência de projetos nacionalistas diferentes. Discordavam sobre o que seria uma Palestina independente: uma Palestina árabe ou um Israel judaico? São projetos nacionais que disputam o mesmo território, que desejam criar um tipo de comunidade política em que o outro projeto não está incluído.
Gaza e Cisjordânia se mantiveram sob ocupação estrangeira árabe até 1967, quando a Guerra dos Seis Dias, entre Israel e as nações vizinhas, resultou na ocupação israelense da Faixa de Gaza e da Cisjordânia (incluindo a parte oriental de Jerusalém).
A partir daí, Israel assumiu uma política de colonização de Gaza e da Cisjordânia com judeus, por meio de assentamentos. Por vários anos, a ONU considerou a ocupação dos territórios palestinos ilegal e determinou que Israel retornasse às fronteiras pré-1967, o que tem sido ignorado pelo governo israelense. Essa guerra (de 1967) é o núcleo da problemática mais recente. É o empecilho da solução de dois Estados [Israel e Palestina].
Apenas em 2005, Israel decidiu retirar seus colonos e militares da Faixa de Gaza, entregando sua administração à Autoridade Nacional Palestina (ANP). Apesar disso, Israel continuou a controlar as fronteiras e o acesso marítimo a Gaza.
Na Cisjordânia, pouco mudou já que a política de assentamentos judaicos e a ocupação militar do território continuaram. Ainda hoje, grande parte desse território palestino tem sua administração civil e militar concentrada nas mãos de Israel.
Apesar da devolução de Gaza aos palestinos, o território passou a ser o principal foco de problema do conflito israelense-palestino, já que, em 2006, o Hamas, movimento fundamentalista islâmico, venceu as eleições parlamentares palestinas. Em seguida, o Hamas rompeu com o Fatah, organização política e militar palestina, tomando o controle de Gaza, enquanto seu rival político mantinha o controle sobre a Cisjordânia.
Visto como um grupo terrorista por Israel, pelos EUA e por países europeus, o Hamas sofreu uma série de sanções por parte desses países. O governo israelense ampliou a vigilância sobre Gaza, aumentando seu controle sobre as fronteiras e restringindo a circulação de produtos e pessoas entre os dois territórios. Desde então, houve uma série de confrontos abertos entre as duas partes: o governo israelense e o Hamas.
Além dos confrontos abertos que resultaram em centenas de mortes (na maioria, de palestinos), a relação entre israelenses e palestinos nas últimas décadas tem sido marcada por atentados, conflitos entre militares israelenses e civis palestinos, intifadas (revoltas populares) e tentativas frustradas de acordos de paz.
Entre os principais pontos de desacordo estão: 1) a divisão de Jerusalém, 2) a retirada dos colonos israelenses de terras palestinas, 3) o retorno de refugiados das guerras árabe-israelenses a suas antigas terras e 4) o reconhecimento da Palestina como Estado independente.
Nos últimos dias, tem-se acompanhado a intensificação do conflito na Faixa de Gaza. Até o momento, mais de 260 pessoas morreram e 2 mil ficaram feridas na sequência dos ataques iniciados em julho. A nova espiral de violência foi desencadeada após o sequestro e homicídio, em junho, de três jovens judeus na Cisjordânia (um ataque que Israel atribuiu ao Hamas, grupo islâmico que controla a Faixa de Gaza) seguido da morte de um jovem palestino queimado em Jerusalém por extremistas judeus. A partir daí, tiveram início os lançamentos de foguetes do Hamas e os bombardeios de Israel.
O linguista judeu, radicado nos EUA, Noam Chomsky ajuda a compreender a dor do momento: "Um bom retrato está disponível num relatório da UNRWA (a agência da ONU para refugiados palestinos). As crianças palestinas em Gaza sofrem imensamente. Uma vasta proporção é afetada pelo regime de desnutrição imposto pelo bloqueio israelense. A prevalência de anemia entre menores de dois anos é de 72,8%; os índices registrados de síndrome consuptiva, nanismo e subpeso são de 34,3%, 31,4% e 31,45%, respectivamente. E estão piorando. Quando Israel está em fase de 'bom comportamento', mais de duas crianças palestinas são mortas por semana – um padrão que se repete há 14 anos. As causas de fundo são a ocupação criminosa e os programas para reduzir a vida palestina a mera sobrevivência em Gaza. Enquanto isso, na Cisjordânia os palestinos são confinados em regiões inviáveis e Israel tomas as terras que quer, em completa violação do direito internacional e de resoluções explícitas do Conselho de Segurança da ONU – para não falar de decência."
O exército israelense, o quarto maior do mundo, mas o mais moderno e sofisticado do todos, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de "danos colaterais". Em Gaza, de cada dez “danos colaterais”, três são crianças. E somam, aos milhares, os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica.
Não há inocentes em nenhum dos lados. De Israel, um governo reacionário que entende como sua a terra e exclusivamente seu o direito, sem falar numa população que apoia ou cala cinicamente perante o terror perpetrado por seu governo; da Palestina, uma liderança extremista que tem como arma o terrorismo clássico onde gente simples vira moeda de troca sem muito valor, com muito sangue e horror.
Teologicamente, há quem pense em Israel como o legítimo filho da promessa; e nos Palestinos como bastardos que não têm os direitos a que hoje reclamam. Isso é equivocado. Ler a Bíblia sob essa ótica é reduzi-la e fazê-la dizer para o mundo contemporâneo verdades que estão circunscritas a um outro tempo. Anacronismo. A perenidade da Bíblia está na sua capacidade de nos revelar o caráter de Deus: partidário dos que sofrem; solidário com os que morrem.
E, nesse pormenor, convém ler a história de Hagar (e seu filho bastardo!) e descobrir que foi Deus quem foi salvá-la da morte no deserto, depois de expulsa por Sara e Abrão (os pais legítimos!). Convém ler as histórias do Egito opressor, de onde Deus fizera libertar os israelitas; mas é preciso não se esquecer do mesmo Egito que foi refúgio para o pequeno Jesus e sua família quando Herodes os ameaçava de morte.
Não há lugares, povos e pessoas absolutas na Bíblia. Há, isso sim, a opção preferencial de Deus pelas vítimas que sofrem. Não importa seus nomes ou "de que lado estejam". Se há vítimas, Deus está com elas. Sofre com elas.
Eu creio assim: se hoje há um rosto para Deus no oriente médio, esse rosto é árabe-palestino, porque é aí que está o sofrimento. Mas não apenas aí.
Antes de sermos "descendentes" do povo de Deus (Israel), somos discípulos de Jesus (que sofreu numa cruz como as vítimas desse mundo de terror).
Como cristãos que ousamos acreditar num mundo de paz, creio devamos nos unir em torno de ideias de humanização desse nosso tempo. Um clamor - politicamente concreto junto a governos - pelo repúdio ao expansionismo violento e violador do direitos humanos por parte de Israel e do Hamas talvez seja um bom começo. Fato é que não há lado com razão; há pessoas morrendo inutilmente. Isso precisa de um basta.
Não creio que Deus esteja desse ou daquele lado; apenas chora cada criança que sofre. Está na cruz outra vez.

terça-feira, 22 de julho de 2014

6 TIPOS DE POSTS QUE VOCÊ DEVE EVITAR FAZER NO FACEBOOK

Por Redação Olhar Digital


Um elefante incomoda muita gente; um post no Facebook pode incomodar muito mais. Todos têm em seu feed de notícias alguma pessoa especialista em atualizar as centenas de amigos sobre absolutamente nada. 

Esta pessoa provavelmente incomoda por não contribuir para as conversas na rede social. O Wait But Why fez um longo post explicando que uma boa postagem no Facebook é relevante tanto para quem posta quanto para quem lê. Se ele for humorístico, informativo, divertido ou interessante de alguma forma, ele é válido.

Baseado nisso, o Youpix fez uma lista dos 6 tipos de posts que mais incomodam na rede social, que reproduzimos abaixo. Vale lembrar que não há modo correto de usar o Facebook e você pode continuar fazendo o que faz, caso se encaixe nos perfis abaixo, mas saiba que há pessoas incomodadas com isso.

- A frase misteriosa


É aquele post feito sobre a vida pessoal do usuário, sem nenhum tipo de detalhamento, publicado de forma aleatória, de modo que absolutamente ninguém sabe do que se trata. É um desabafo misterioso e deixa vários com a pulga atrás da orelha. Pode ser uma indireta, uma celebração, ou apenas uma reclamação sobre alguma coisa que ninguém nunca vai saber qual é.

- Quando o privado vira público


Evite expor momentos privados e pessoais para toda a sua timeline. Quando for chamar algum amigo para sair, converse com ele por Inbox. Quando for agradecer aos companheiros pela companhia em alguma festa, Inbox. Este tipo de informação não acrescenta em nada para quem não tem ligação com o post.

- Querido diário


O Facebook não é seu diário. Você não precisa postar tudo o que faz para todos os seus contatos verem, principalmente porque a maioria deles não quer saber o que você fez durante o seu dia. Apenas faça suas coisas, você não precisa divulgar que foi ao banheiro.

- Casais felizes


Você não precisa esfregar na cara de todos os seus contatos como você tem um relacionamento feliz com sua namorada ou seu namorado. A maioria, inclusive, preferia que você não fizesse isso. Curtam seus momentos, em vez de ficar publicando desnecessariamente no Facebook. Gabar-se do namoro é desnecessário.

- Discurso desnecessário


Nem todos os seus contatos no Facebook são realmente seus amigos. Agradecer a todos por alguma meta atingida sem nem ao menos dizer qual ela é certamente pegará alguns de surpresa. Estas pessoas não te ajudaram, não fizeram questão de te ajudar e, possivelmente, se você pedisse ajuda, elas se recusariam a prestá-la. Guarde agradecimentos para quem realmente foi importante.

- Capitão óbvio

Muito simples: se sua opinião é um consenso geral e já foi repetida milhões de vezes em todos os meios possíveis e estabelecida como uma verdade absoluta, por que divulgá-la para os seus contatos? Se for dar algum palpite sobre algum tema cuja opinião geral já é conhecida (corrupção atrasa o país, por exemplo), ao menos se aprofunde no assunto. A lógica é que acrescentar é bom, repetir é ruim.

domingo, 13 de julho de 2014

Estudo científico aponta que é impossível determinar a homossexualidadeatravés do DNA

Os resultados de um estudo científico exaustivo publicado no início deste ano sugerem que a homossexualidade não pode ser diretamente atribuída a um “gene gay”, mas depende bastante de uma variedade de fatores, incluindo as influências ambientais e sociais.


O estudo surge como uma frustração para ativistas pró-homossexuais que há muito alegavam que a homossexualidade e “orientações sexuais” são causadas principalmente por fatores genéticos anormais. A argumentação desses ativistas é a de que os indivíduos herdam um “gene gay” e que, portanto, têm tendência à atração por pessoas do mesmo sexo, o que as torna incapazes de apreciar os casamentos tradicionais.
Os resultados científicos foram publicados durante a Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Chicago. Durante o encontro, Michael Bailey, da Universidade Northwestern anunciou que os resultados completos da pesquisa sugerem que a genética por si só não determina a “orientação sexual”.
Em sua pesquisa, Bailey e outros cientistas examinaram o DNA de 400 homens que se descrevem como homossexuais. Em última análise, os pesquisadores concluíram que a homossexualidade não pode ser atribuída a genes específicos, segundo informou o Noticias Cristiana.
Os resultados mostram que é impossível prever com precisão o comportamento sexual de uma pessoa através da análise de seu DNA. Alan Sanders, professor da Universidade de Northwestern que liderou o estudo, confirmou que a teoria do “gene gay” é, em grande parte, infundada.
-Nós não acreditamos que a genética seja toda a história – afirmou Sanders, segundo o The Telegraph.
Bryan Fischer da American Family Association comentou o resultado obtido pelos cientistas, afirmando que o estudo demonstra que o comportamento homossexual é, em última análise, uma escolha individual.
- Se as pessoas não são biologicamente predeterminadas a seguir o estilo de vida gay, então a mudança é possível, como um fato científico. Isto leva a uma simples verdade impressionante: há esperança para o homossexual – concluiu Fischer.

Fonte: Gospel Mais

quinta-feira, 3 de julho de 2014

OS DOIS CAVALOS! (UMA BELA HISTÓRIA SOBRE OS VERDADEIROS AMIGOS)

Na estrada de minha casa, há um pasto onde vivem dois cavalos.

De longe, parecem cavalos normais mas, quando olhamos bem, percebe-se que um deles é cego.


Contudo, o dono não se desfez dele e arranjou um amigo, um cavalo mais jovem.
Isto é de admirar!

Ao observá-los, ouviremos um pequeno sino, e este está no pescoço do cavalo menor.

Assim, o cavalo cego sabe onde está o seu companheiro e vai até ele.

Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo.

Percebemos que o cavalo com o sino está sempre olhando se o outro o acompanha e, às vezes pára, para que o outro possa alcançá-lo.

E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está levando para o caminho certo.
Como o dono, desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios.
Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio, quando precisamos.

Algumas vezes somos como o cavalo cego, guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas.

Outras vezes, somos como o cavalo guia, ajudando outros a encontrar seu caminho.

E assim são os bons amigos!

Não precisamos vê-los, mas estão presentes em nossas vidas!

Por favor, ouça o meu pequeno sino;

Eu também ouvirei o seu.


(Autor Desconhecido)